Agentes da Polícia Federal, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Ministério Público Federal prenderam hoje (20) nove fraudadores do INSS em Manaus, como parte da Operação Hígia, que determinou o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão contra quadrilha que falsificava atestados médicos, exames e laudos para a obtenção ilegal de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez.
A informação foi transmitida pela assessoria de imprensa do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). A força-tarefa continua as buscas para fazer mais uma prisão deterrminada pela Justiça. Entre os envolvidos estão um médico perito e dois servidores administrativos do INSS, quatro médicos particulares e seis agenciadores que recrutavam interessados na obtenção dos benefícios fraudados.
As investigações começaram em maio do ano passado, depois de denúncia anônima. Além de falsificar atestados, exames e laudos, a quadrilha também direcionava “pacientes” para perícias com o médico integrante do esquema. Já foram identificados 50 benefícios fraudados, com prejuízos de R$ 1,2 milhão para o INSS. De acordo com estimativa do próprio instituto, a projeção anual dos prejuízos pode chegar a R$ 14 milhões.
Foi a quinta operação deste ano contra fraudadorees do INSS, que resultaram em 57 prisões até agora, das quais 14 de servidores do próprio instituto. Foram cumpridos 102 mandados de busca e apreensão, com prejuízos estimados em R$ 41 milhões.
A operação atual foi batizada de Hígia, numa referência à deusa da saúde na mitologia grega. Daí surgiu a palavra higidez ou estado de saúde.