A Polícia Federal de Jales está analisando toda a documentação apreendida na ocasião da deflagração da Operação “Bolsa-Fantasma” que tem o objetivo de desmantelar grupo que estaria agindo dentro de instituição de ensino superior de Fernandópolis desviando recursos direcionados à educação em proveito próprio.
Além da análise documental, diversas diligências estão sendo realizadas e novas fraudes estão sendo descobertas.
O presidente da FEF, P.S.N. é advogado e por esta razão tem a prerrogativa por lei de permanecer preso até a sentença, se necessário, em sala de Estado Maior. Atualmente não há vagas neste tipo de cárcere, por esta razão, o Supremo Tribunal Federal entende que os advogados, quando da indisponibilidade de vagas deste tipo, deverão ficar presos em seus domicílios. Por esta razão, P.S.N., permanece em prisão domiciliar.
A prisão temporária do presidente da FEF foi prorrogada em virtude da confirmação dos indícios sobre as fraudes cometidas durante sua presidência na instituição de ensino superior. As fraudes estão relacionadas principalmente à concessão de bolsas e financiamento estudantil entre outras.
Dentre as novas fraudes descobertas, destacam-se a celebração de contratos de prestação de serviços à instituição sem lançamento na contabilidade oficial, emissão de cheques não lastreados em negócios jurídicos da FEF, emissão de notas fiscais aparentemente “frias ou simuladas”.
A Justiça determinou o afastamento do presidente e da diretoria da instituição. O interventor nomeado foi o empresário Titosi Uehara que já nomeou profissionais da área de contabilidade, auditoria e economia para auxiliá-lo. A equipe que assumiu a FEF participou de reunião com a chefia da PF em Jales para se inteirar da situação e oferecer apoio integral às investigações com o objetivo de descobrir todos os desvios realizados pelos investigados.
A diretora de ensino de Fernandópolis e o servidor que era responsável pela concessão de bolsas no Programa “Escola da Família”, que trabalhava no Estado e também na FEF, estão afastados administrativamente. Alunos e funcionários de escolas estão sendo ouvidos e afirmando que havia manipulação na concessão de bolsas com interesses particulares e políticos.
A Polícia Federal de Jales esclarece que a FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis) é uma Instituição de Ensino Superior tradicional de Fernandópolis com reconhecido valor no tocante à formação superior na região.
O foco da Operação “Bolsa-Fantasma” são os indivíduos que se utilizaram da instituição de ensino superior para desviar em proveito próprio recursos que eram direcionados à FEF e consequentemente aos alunos.
O trabalho da PF e da equipe interventora também visa proteger a FEF (patrimônio da sociedade), além de alunos e funcionários não envolvidos com as fraudes. As bolsas concedidas regularmente não serão canceladas.
O vestibular de 2015 ocorrerá normalmente e as inscrições estão abertas.
O presidente afastado da FEF foi conduzido na tarde de ontem por equipe da PF de sua residência até a sede da PF de Jales para ser ouvido novamente pelo DPF Cristiano Pádua, responsável pela investigação.