Durou mais de duas horas a reconstituição do homicídio do estudante Diogo Belentani, filho do coronel Armando Belentani Filho, que comandava o Batalhão da Polícia Militar em Araçatuba.
A polícia civil requisitou esse recurso para esclarecer os fatos, tendo em vista que houve contradições nos depoimentos das testemunhas e indícios de que houve alteração da cena do crime na noite dos fatos. Para a realização do trabalho, a rua Baguaçu, de grande movimento, ficou interditada por cerca de três horas, causando muito transtorno na região.
Um dos delegados que acompanha o caso, Fábio Pistori, disse que o suspeito, o soldado da PM Vinícius Coradim, manteve, durante a reconstituição, a segunda versão apresentada por ele e que vem mantendo desde o depoimento. O delegado disse que no dia do crime, ele deu a versão inicial, inclusive ao acionar o resgate junto ao Corpo de Bombeiros, de que tratava-se de um suicídio, O estudante teria pego a arma do policial e efetuado um disparo contra si.
No entanto, a segunda versão, e que ele vem mantendo, é de que ocorreu um disparo acidental. Na noite dos fatos o soldado foi detido e liberado após pagar fiança de R$ 1.500,00. No decorrer do inquérito, quando foram surgindo as contradições, o indiciamento passou de homicídio culposo (sem a intenção) para homicídio doloso (quando há intenção de matar). Também foi decretada a prisão temporária e o soldado está detido no presídio militar Romão Gomes, na capital paulista.
Ontem ele chegou para participar da reconstituição em uma van da Polícia Miliar, e foi recebido por alguns parentes, já que o local onde ocorria o churrasco e ocorreu o incidente, é um imóvel da família do soldado. Todos vestiam camisetas brancas. Eles esticaram panos verdes para tampar a visibilidade para quem estivesse ao lado de fora. A imprensa foi impedida de se aproximar do local.
O laudo da reconstituição será juntado para a conclusão do inquérito que, após relatado será encaminhado à Justiça.