A Delegacia de Defesa da Mulher e o Instituto de Criminalista realizaram a reconstituição da morte da pequena Emanuella na tarde desta sexta-feira (dia 25) no bairro Vila Toninho, em Rio Preto.
A suspeita é que, a criança de um ano e quatro meses que morreu no dia 3 deste mês, teria sido agredida pela própria mãe, A.S.S., 19 anos. A Polícia Civil descarta o envolvimento de um primo da família, que está detido, e entrará com pedido junto ao Ministério Público para que ele seja colocado em liberdade. Vizinhos se revoltaram ao saber que a jovem estava no local do crime.
Segundo a delegada responsável pelo caso Dálice Aparecida Ceron a reconstituição deixou claro o envolvimento da mãe com a morte da pequena Emanuella.
“Podemos ter a certeza que a indiciada, mãe desta criança vítima, participou sozinha deste ato de violência. E ela relatou também que não houve violência sexual, mas sim violência pelos meios sexuais, mas não vamos detalhar esta situação. Houve socos, enfim ela alega queda da criança, que estaria relutando sobre seus braços acabou indo ao chão. A versão apresentada demonstra certa coerência com que temos nos altos.” explica.
Durante todo o processo de reconstituição, mesmo quando segurava uma boneca para simular sua filha, a jovem tinha comportamento frio e se mostrava indiferente.
“Desde o inicio ela sempre demonstrou bastante frieza. Hoje ela também manteve o mesmo comportamento. As características são de uma psicopatia, mas é importante deixar claro que como não somos técnicos e nem especialistas no assunto não podemos afirmar. Mas a frieza, a indiferença por parte dela, a tentativa de persuasão, nos induz a isso” conta Ceron.
Ainda de acordo com a delegada, a versão apresentada pela mãe descarta o possível envolvimento de um parente, que está preso temporariamente desde o dia 8.
“A Polícia tem certeza que o primo não tenha participado do crime, mas evidentemente vamos aguardar os laudos, cartas precatórias, existem algumas diligências para conclusão dos autos. Mas podemos deixar claro que não houve a participação dele, ele é isento de culpa” afirma.
Ao término da reconstituição quando a jovem deixava o local, vizinhos se revoltaram e cercaram a viatura fazendo ameaças a suspeita. Algumas pessoas mais exaltadas chutaram o carro da polícia. Ela foi levada de volta a cadeia pública de Nhandeara, onde aguardará a conclusão do caso. Segundo a delegada ao término do inquérito ela será indiciada por homicídio qualificado e também pelo crime de tortura.