Dois homens serão investigados pela Polícia Civil em Rio Preto por tráfico de drogas. De acordo com informações do boletim de ocorrência, militares encontraram numa residência do bairro Vila Toninho um cofre, com drogas e apetrechos para comercialização ilegal dentro.
Agentes relataram na Central de Flagrantes que era por volta de 12h, quando, já com conhecimento de tráfico de entorpecentes no local, se dirigiram para a residência. Foram recebidos por um metalúrgico de 54 anos, o qual ao saber dos motivos, liberou a entrada. O outro suspeito, assistente técnico de 33 anos, estava no interior do imóvel e foi questionado sobre as substâncias ilegais.
Ele negou qualquer crime, mas passou a demonstrar nervosismo exagerado, chegando a suar frio. Com isso, o trabalho do canil foi acionado. Foi localizada então uma sacola atrás de venezianas de ferro na garagem contendo um cofre. A dupla rapidamente tratou de dizer que desconheciam tal sacola. Só que, logo depois, o metalúrgico afirmou “que ela havia sido deixada ali por um homem, proprietário de um bar no mesmo bairro”.
Realizada a abertura do cofre, foram encontradas 100 porções de cocaína, duas balanças de precisão e diversas embalagens tipo ‘zip’ vazias. A dupla recebeu voz de prisão e foi conduzida até a delegacia. Ao delegado, o mais velho relatou que “é o proprietário do imóvel, mas nos fundos há três outros imóveis, todos locados. Inclusive, um deles para a namorada do assistente técnico. No dia anterior, entre 12h e 13h, saía de casa, quando o conhecido [dono do bar] passava pela rua carregando uma sacola. Ele então pediu para deixar ali na garagem e mais tarde retornaria para buscar. Quando voltou para casa, não reparou que a tal sacola tinha ficado lá”.
Seguiu o relato dizendo que “na data deste sábado estava em casa, na companhia do técnico, quando este o alertou que policiais estavam entrando no imóvel. Em seguida, o Baep chegou e encontraram o pequeno cofre na sacola, com o material ilícito. Conheceu o dono da sacola em um bar há alguns anos. Assim que viu o que tinha dentro, informou aos policiais quem era o proprietário do material, mas não sabia onde ele estava”.
Já o homem de 33 anos acusou os miliares de “chegarem na janela apontando arma para ele e o obrigou a abrir a porta. Assim, saiu do quarto, avisou o amigo da presença deles e foi abrir a porta. Afirmou que não tinha nenhuma droga com ele e os policiais vasculharam a casa e nada encontraram. Acionaram então o canil, instante que na garagem havia algo, uma sacola com cofre, que foi estourado pelos guardas. Foi acusado de ser o dono das drogas, mas frisou que não eram dele. Em seguida, o amigo disse que era de um conhecido, proprietário de um bar, que tinha dito que voltaria para buscar”.
Definição
Segundo o delegado de plantão, “nesta etapa reputo não configurado o estado flagrancial porque ambos negaram a propriedade da droga, localizada na parte externa da casa, dentro de um cofre escondido. O dono da residência disse que as substâncias eram de um conhecido, mas a denúncia relatava que eram do assistente técnico, morador do local. Diante da convicção apresentada [por todas as partes], reputo necessária a instauração de inquérito policial, que visará esclarecer a propriedade dos entorpecentes e quem seria o real autor do crime de tráfico”.
Os documentos terminaram enviados para o distrito policial correspondente a área dos fatos, onde o caso será alvo de investigações por parte da Polícia Civil. A dupla foi ouvida e liberada em seguida, mas será alvo das apurações realizadas pelas autoridades.
