A greve da Polícia Civil do Estado de São Paulo foi suspensa por uma semana na tarde desta quarta-feira (13), de acordo com João Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia.
O prazo de uma semana foi estipulado para que o governo do Estado apresente um índice de correção salarial que atenda às reivindicações. Por causa disso, uma nova paralisação não foi totalmente descartada.
Depois da reunião com representantes do governo, os integrantes dos sindicatos e associações da Polícia Civil permaneceram mobilizados para discutir a pauta de reivindicações.
Os policiais e agentes da Polícia Civil devem retornar normalmente ao trabalho apenas nesta quinta-feira (14). A greve de delegados, investigadores, escrivães e peritos teve início às 8h desta quarta.
“A adesão está muito boa. Mas trabalhamos com 80% do pessoal por determinação judicial”, disse Nelson Leone, presidente da Associação de Agentes e Policiais Civis do Estado de São Paulo, antes da suspensão da paralisação.
Segundo ele, os boletins de ocorrência estão sendo feitos nas delegacias, mas, com menos gente, pode haver longa espera. “O serviço fica mais moroso”.
A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial referente aos últimos cinco anos, o que equivale a um reajuste no salário-base inicial do policial civil de 58%, com base nos índices do INPC.
A categoria pede ainda a reestruturação da Polícia Civil e a implementação da aposentadoria especial, o que significa que o profissional pode se aposentar com 20 anos de trabalho na corporação, mesmo que os outros dez anos tenham sido dispendidos em outra profissão.