A Justiça determinou a apreensão na manhã desta terça-feira (19) do adolescente suspeito de ajudar a planejar o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. A tragédia, que ocorreu na última quarta-feira (13), terminou com dez mortos.
O jovem foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e na sequência será encaminhado para o Fórum da cidade. Ele deve passar por uma audiência judicial ainda pela manhã, que será acompanhada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).
O adolescente chegou a se apresentar à Justiça, mas negou participação no crime e, por isso, foi liberado. Os dois assassinos, que cometeram o ataque, morreram. Segundo as investigações, um deles matou o comparsa e, em seguida, se suicidaram.
A informação sobre a existência de uma terceira pessoa no planejamento do crime partiu do dono de um estacionamento onde a dupla guardou o carro alugado para deixar as armas. O jovem não foi ao local do massacre, mas participou ativamente do planejamento da ação.
De acordo com a polícia, o trio estava trabalhando nos planos para o atentado desde novembro do ano passado.
Escola tenta voltar à rotina
Quase uma semana depois do ataque que deixou 10 mortos, a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, reabre nesta terça-feira (19) para alunos que desejarem participar de atividades com psicólogos e assistentes sociais. O objetivo é ajudar no retorno à rotina.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o secretário municipal da Saúde de Suzano, Luis Cláudio Rocha Guillaumon, afirmou que a cidade sentiu os reflexos da tragédia que matou alunos e funcionárias do colégio. “A procura aumentou muito nos CAPs (Centros de Atenção Psicossocial), não só pacientes ou pessoas envolvidas indiretamente, mas indiretamente todos foram afetados”, disse.
Ainda não está definida uma data para que a escola volte a funcionar de forma integral para aulas. Segundo o secretário da Saúde, nada foi decidido oficialmente e as fases são independentes.