sexta, 25 de outubro de 2024
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Polícia apreende 20 máquinas caça-níquel

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), desde quarta-feira tem realizado a Operação Caça Níquel. Segundo o delegado Luís Roberto Rissi, até o momento, foram apreendidas 20 máquinas caça-níquel e R$…

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG), desde quarta-feira tem realizado a Operação Caça Níquel. Segundo o delegado Luís Roberto Rissi, até o momento, foram apreendidas 20 máquinas caça-níquel e R$ 714 em dinheiro.

A comissão paga aos estabelecimentos para manter as máquinas em funcionamento varia de 25% a 40%. Muitos comerciantes alegam que é a comissão que mantém as despesas. Os verdadeiros proprietários nunca são encontrados.

Calculando sobre as 20 máquinas apreendidas o lucro diário chegaria a R$ 150, R$ 90 mil num mês e mais de R$ 1 milhão por ano.

Nos dois primeiros dias da operação, foram visitados sete bares, mas por ser considerada uma contravenção penal, as pessoas envolvidas em ‘jogo de azar’ respondem em liberdade.

As máquinas apreendidas serão encaminhadas às Delegacias responsáveis por cada bairro, sendo periciadas e entregue a justiça.

Social
A maioria das apreensões, segundo o delegado, foi resultado de denúncias anônimas. “Normalmente são esposas que fazem esse tipo de denúncia, dizendo que seu marido está gastando todo o dinheiro no jogo”, diz.

Os estabelecimentos que mantém essas máquinas sempre estão inovando para chamar a atenção do jogador. As máquinas ficam, muitas vezes, em locais escondidos, atrás de pilhas de caixas de cerveja ou quartos situados nos fundos do imóvel, para que o jogador possa se sentir à vontade.

Em um dos locais visitados pelos policiais, foi encontrada uma cama para melhor servir o apostador que joga na madrugada.

Na maioria das vezes, as pessoas viciadas no jogo criam situações para poder esconder o dinheiro gasto. Em muitos casos ocorridos, segundo a polícia, pessoas dizem ser vítimas de roubo ou furto, registram boletim de ocorrência apenas para ocultar o dinheiro perdido no jogo, e poder justificar o fato para as esposas e a família.

Em outros casos, também pela perda do dinheiro, as mulheres entram em conflito e são espancadas pelos maridos. “Esse tipo de vício gera outros delitos, como violência doméstica, formação de quadrilha e contrabando”, explicou Rissi.

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