A Polícia Civil de Catanduva analisa imagens captadas pelas câmeras de segurança de uma transportadora no bairro Pedro Borgonove para identificar se a professora Fabiana Cristina de Paula, de 36, teria saído de carro sozinha ou acompanhada, no dia 27 de julho, sábado, quando foi vista pela última vez.
A transportadora fica em uma das principais avenidas do bairro onde a professora morava com os filhos. Segundo o delegado da DIG, Delegacia de Investigações Gerais de Catanduva, Élvio Roberto Bolzzani, as imagens podem colaborar nas investigações e apontar qual o horário exato em que Fabiana teria saído de casa.
“Infelizmente a câmera de monitoramento instalada na rua Sete de Setembro que pertence ao município está desligada porque poderia mostrar qual o rumo que Fabiana seguiu”, enfatiza o delegado.
Segundo ele, o próximo passo da investigação é ouvir as pessoas do convívio familiar da professora. Na tarde desta sexta-feira (16) a irmã e uma amiga que tiveram o último contato pela internet com Fabiana prestaram depoimentos na DIG.
Já as pessoas que foram identificadas pelas câmeras de segurança do bar em que aparecem nas imagens ao lado de Fabiana no dia 26 de julho, sexta-feira, foram ouvidas esta semana e excluídas das investigações. “São pessoas idôneas e sem antecedentes criminais. Eles estiveram com Fabiana apenas no bar e depois ela foi embora para a casa e não manteve mais contato, somente com amigas pela internet”, disse.
De acordo com Bolzzani, o computador da professora e do ex-marido foram apreendidos e periciados para apurar as últimas conversas pela internet. O laudo deve ficar pronto no mês que vem, assim como o laudo pericial do carro que deve apontar se houve marcas de digitais, manchas de sangue, ou qualquer outro fragmento que possam ajudar nas investigações.
O rastreamento telefônico da professora mostra que as últimas chamadas recebidas foram de uma amiga às 19h50, 19h51 e 19h52 do sábado, 27 de julho.”Houve um conflito nas torres de telefonia móvel porque as ligações foram registradas pela torre de Santa Adélia no horário das 19h50, já as 19h51 pela torre de Embaúba e as 19h52 pela torre de Cajobi, sendo que o telefone estava no local onde o carro foi encontrado entre Novaes e Catanduva”, explicou o delegado que afirma que o lugar fica 6 quilômetros da casa do ex-marido da vítima.
Segundo o delegado, a última vez que Fabiana teve contato com o ex-marido foi por telefone no dia 25 de julho, dois dias antes do desaparecimento dela. Durante o depoimento, o ex-marido, A.C.D, negou qualquer envolvimento no caso e confessou que teria discutido com ela por causa do dinheiro da pensão. No ano passado ele teria tentado voltar com Fabiana e mandou duas cartas se desculpando pelos seus atos. O delegado disse que A.C.D é frio e não demonstra sentimentos e ainda age com naturalidade o desaparecimento da ex-mulher.
“Nossas investigações estão se fechando em torno dos familiares e amigos da professora. Se alguém fez alguma coisa com ela teve algum motivo e estamos muito perto de descobrir”, completou.