Policiais ambientais flagraram a comercialização de dois animais da fauna exótica, uma rã e uma salamandra, que estavam sendo transportados em correspondência por meio de agência dos Correios, na última terça-feira, (03/01/2023), em José Bonifácio (SP). A rã não resistiu ao transporte irregular e acabou morrendo antes de chegar ao destino. Tanto comerciante quanto comprador foram autuados em R$22,6 mil pela Polícia Ambiental.
Segundo a Polícia Ambiental, equipes foram acionadas por agentes dos Correios, na região central de José Bonifácio, depois de detectar a possibilidade de haver animal vivo dentro de uma embalagem, durante a triagem das correspondências.
Ao abrir a embalagem, os policiais encontraram dois pacotes plásticos, dentro de um deles, uma rã-de-garras-africana, da espécie Xenophus laevi, já sem vida, e uma salamandra ou axolote Ambystoma mexicanum, ambas espécies da fauna exótica.
A Polícia Ambiental identificou e questionou o comprador, que afirmou ter encomendado os animais pelo Facebook, de um fornecedor de São Paulo (SP), que iria pagar R$ 125 pelos dois animais, caso chegassem vivos. Ambos foram autuados no valor total de R$ 22,6 mil.
De acordo com norma vigente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a importação e a exportação de animal exótico, que é aquele que não pertence ao território nacional, apenas poderá ser realizada por pessoa jurídica, de direito público ou privado, registrado pelo Ibama. No caso de animal vivo, há ainda a necessidade de autorização do Ministério da Agricultura e do Abastecimento.
Ainda de acordo com a polícia, pelo fato dos animais terem sido transportados em caixa de papelão, sem alimentação, ventilação, iluminação, ocasionando, inclusive, a morte de um deles, a ação configurou crime de maus tratos, que prevê pena de detenção de três meses a um ano e multa. A rã foi destinada à empresa de coleta de resíduos e a salamandra foi destinada a local adequado.
