Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma gaiola e, no meio desta, uma escada com bananas em cima. Toda vez que um dos macacos começava a subir a escada um dispositivo automático fazia jorrar água gelada sobre os demais macacos. Passado certo tempo, toda vez que um dos macacos esboçava um início de subida na escada, os demais o espancavam (evitando assim a água gelada). Obviamente, após certo tempo, nenhum dos macacos se arriscava a subir a escada, apesar da tentação.
Os cientistas decidiram então substituir um dos macacos. A primeira coisa que o macaco novo fez foi tentar subir na escada. Imediatamente os demais começaram a espancá-lo. Após várias surras o novo membro dessa comunidade aprendeu a não subir na escada, embora jamais soubesse por que. Um segundo macaco foi substituído e ocorreu com ele o mesmo que com o primeiro. O primeiro macaco que havia sido substituído participou juntamente com os demais do espancamento. Um terceiro macaco foi trocado e o mesmo (espancamento, etc…) foi repetido. Um quarto e quinto macaco foram trocados, um de cada vez, com intervalos adequados, repetindo-se os espancamentos dos novatos quando de suas tentativas para subir na escada.
O que sobrou foi um grupo de cinco macacos que, embora nunca tenham recebido um chuveiro frio, continuavam a espancar todo macaco que tentasse subir na escada.
Se fosse possível conversar com os macacos e perguntar-lhes por que espancavam os que tentavam subir na escada… Aposto que a resposta seria “eu não sei – essa é a forma como as coisas acontecem por aqui”.
Esta história de um artista israelense desconhecido e editada por Cindy Holdenqueen mostra como se forma um paradigma, modelo ou padrão.
Isto, ou esse comportamento porventura não seria familiar a nós? Por que continuamos a fazer o que fazemos se existe outra forma de fazê-lo?
Ao longo da vida formamos conceitos e valores que ficam cravados em nossa maneira de pensar e agir e não aceitamos mudanças sem saber o porquê ou simplesmente pelo medo do novo, ainda que se reclame por mudanças. Temos mania de achar que o erro é sempre o outro, o problema é sempre originado no outro, ou seja, a culpa nunca está em mim.
Na prática, a mudança acontece apenas quando não conseguimos tolerar uma situação e não quando ela de fato é necessária. Mudar conceitos ou quebrar paradigmas depende de mudança interna, de dentro para fora, e não ao contrário. A vida sempre vai nos reservar surpresas e na verdade não estamos preparados para nada, porém não devemos deixar que o diferente seja o fator que limita o crescimento. Os macacos se condicionaram sem saber o por que, e nós jamais devemos nos deixar levar pela rotina que nos limita.
Estamos buscando nossa banana, apanhando e quase sempre desistimos. Já pensou em subir pelo outro lado da escada? Ou quem sabe chacoalhar para a banana cair? Quem sabe se todos subir ao mesmo tempo? Cada degrau com certeza será uma nova experiência.