O 16º Batalhão da Polícia Militar do Interior, que atua em 49 municípios da região, ou seja, cinco companhias que vão de Votuporanga a Santa Fé do Sul, está a quase duas semanas habilitando seu policiamento para o uso de um novo armamento. Trata-se da nova Glock, austríaca, calibre .40 que veio para substituir a pistola utilizada há mais de dez anos, da fabricante brasileira, Taurus.
O Comandante da 3ª Cia da Polícia Militar de Votuporanga, o Capitão Navarrete, explicou que todo o Batalhão já está recebendo o armamento e os policiais estão realizando o treinamentopara processo de adaptação.
“Nessas 49 cidades terá pelo menos um policial com o novo armamento. Esta nova arma tem alguns mecanismos diferentes da pistola Taurus que o policial está acostumado, então é necessário que ele faça uma adaptação para o uso da arma”, disse.
O treinamento com duração de duas semanas, está previsto para ser finalizado nesta semana e segundo o Capitão pode ser que uma nova capacitação seja aplicada. “Nesta arma, até o coldre é diferente, agora já vem o novo, que tem um sistema de trava diferente então o policial tem que se acostumar para que não cometa nenhum erro na rua.Ele vai treinar com esse equipamento de forma segura e satisfatória”, completou.
Disparos acidentais
A Taurus, que é a maior fabricante de armas da América Latina, vem sendo acusada (há anos), por disparos acidentais que custaram a vida de pelo menos 50 pessoas. Segundo Navarrete, casos como esses já aconteceram na região, mas não é o motivo da mudança para a nova arma. “Cada caso é próprio, ele passa por uma apuração, a arma é periciada, uma perícia técnica para se identificar esta questão”, explicou.
Licitação internacional
A Polícia Militar tem um tempo para a aquisição de novos armamentos, isso porque a arma tem um período de vida útil até a realização de sua troca. A Taurus, por uma decisão administrativa em grau de recurso estava suspensa do direito de fornecer pistolas para a administração pública estadual, até mesmo com a aplicação de uma multa de R$ 12,7 milhões.
Devido a isso a corporação bandeirante abriu uma licitação de maneira internacional para que outras empresas participassem, pois se a firma brasileira estivesse na briga pelo fornecimento das armas, a preferência seria dela. “O que ocorre, a Taurus estava impedida de participar de licitação da PM e a corporação precisava de armas onde se abriu uma licitação internacional, com base a necessidade de ter uma quantidade grande em armas, por isso foi aberto para outras empresas participarem de modo internacional”, explicou ainda o Capitão.
