O sargento Tony Ricardo Dantas de Oliveira, da Polícia Militar de São Paulo, que baleou uma bebê de um ano no rosto com uma arma de airsoft em dezembro de 2023, foi formalmente acusado pela Justiça Militar do estado. O caso ocorreu na zona leste da capital e foi captado por câmeras de segurança. Segundo o processo, ele disparou contra uma motocicleta em que estavam o pai e a criança. Um dos projéteis atingiu o rosto da menina, causando lesões graves.
Após o incidente, o pai levou a bebê para a Unidade de Pronto Atendimento Dr. Júlio Tupy, no Parque Guaianases. Devido à gravidade dos ferimentos, a criança foi transferida para o Hospital Tide Setúbal, onde passou por uma cirurgia para a retirada da bala. A Secretaria da Segurança Pública confirmou que o projétil disparado era de plástico, utilizado em armas de airsoft, equipamento que não faz parte do arsenal regular da PM.
Em julho de 2024, a denúncia foi aceita pelo Tribunal de Justiça Militar, e o sargento Tony e o soldado Henrique Rodrigues da Silva, que dirigia a viatura no dia do incidente, foram acusados formalmente. Além do disparo, o processo também aponta que Tony teria se ausentado do serviço três vezes no dia, o que agravou a acusação.
Os policiais respondem pelos crimes de abandono de posto, prevaricação e lesão corporal. A defesa dos réus alega que a inocência deles será comprovada durante a instrução processual, e as testemunhas começaram a ser ouvidas nesta quinta-feira (12).
