Em protesto contra morte do estudante Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, cerca de 300 moradores do Complexo do Alemão fecharam na tarde desta sexta-feira, 3, a Estrada do Itararé, uma das principais entradas da comunidade, na zona norte do Rio. Houve confronto entre policiais militares e manifestantes. Policiais militares atiraram bombas de gás contra as pessoas, que revidavam com pedras.
Com lençóis brancos e cartazes, por volta das 16h, homens, mulheres e crianças interditaram a via para pedir paz e criticar a atuação da Polícia Militar (PM) no conjunto de favelas. O protesto foi reprimido pelos mais de 200 policiais que reforçavam a segurança no Alemão com bombas de gás lacrimogêneo. O clima ficou tenso e alguns moradores responderam jogando pedras e bombas caseiras nos policiais.
A Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) afirma que Eduardo foi atingido quando policiais em patrulhamento entraram em confronto com criminosos. Já a mãe do menino, Terezinha Maria de Jesus diz que a culpa é da polícia. “Eles acabaram com a vida do meu filho, um inocente”, disse na quinta-feira durante um outro protesto no Alemão. Nos últimos dois ndias quatro pessoas foram mortas em tiroteio no Rio.
Solidariedade. A Presidência da República divulgou nota oficial com mensagem de solidariedade da presidente Dilma Rousseff (PT) à mãe do estudante Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, baleado e morto na véspera no complexo de favelas do morro do Alemão, durante tiroteio entre policiais militares e criminosos.
“Quero expressar minha solidariedade e sentimentos de respeito neste momento de dor a Terezinha Maria de Jesus, que perdeu o filho Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, no Complexo do Alemão. Espero que as circunstâncias dessa morte sejam esclarecidas e os responsáveis, julgados e punidos”, afirma a presidente no comunicado, intitulado “Presidenta manifesta pesar pela morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira”.