Na noite da última sexta-feira (26), um culto religioso em um terreiro de candomblé no bairro Jardim Martins, Franca, resultou em uma ocorrência policial após uma denúncia de som alto. Um engenheiro de 31 anos, vizinho do local, acionou a Polícia Militar às 23h, alegando que o barulho interferia em seu descanso devido ao volume elevado de tambores e cânticos dos participantes.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Franca, o responsável pelo local, um homem de 32 anos e babalorixá do culto, teria reagido de forma exaltada, alegando que os policiais não tinham o direito de entrar no espaço. Informado de que deveria acompanhá-los até a Central de Polícia Judiciária, o homem resistiu.
Na CPJ de Franca, membros da comunidade religiosa alegaram intolerância religiosa.
No depoimento, o responsável pelo local, acompanhado de seu advogado, membros da comunidade religiosa e o vizinho que fez a denúncia, foram ouvidos. O boletim de ocorrência registrou perturbação de sossego, desacato e desobediência na Polícia Civil.
Nas redes sociais, os usuários expressaram dúvidas em relação tanto à conduta da polícia quanto à decisão dos vizinhos que formalizaram o boletim de ocorrência, e continuam levantando questões sobre a possível intolerância religiosa enfrentada pelos envolvidos.