O ex-presidente da Uefa, Michel Platini, foi solto no início da madrugada desta quarta-feira (19), horário francês, pelas autoridades da França após passar 15 horas detido para ser interrogado em um caso de corrupção que envolve a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
A Promotoria Nacional Financeira da França tenta determinar se Platini participou de uma suposta compra de votos para que o Catar vencesse a disputa para organizar o próximo Mundial.
Platini foi levado no início da manhã ao Escritório Anticorrupção da Polícia Judiciária em Naterre, próxima a Paris, e deixou o local por volta das 0h30 no horário local (19h30 em Brasília), acompanhado por seus advogados.
Presidente da Uefa entre 2007 e 2015, Platini está afastado do futebol há quatro anos após decisão da Fifa, que o puniu pela cobrança irregular de 1,8 milhão de euros. A sanção terminará em outubro, quando o ex-dirigente poderá voltar a ocupar funções ligadas ao esporte.
Em novembro de 2010, Platini participou de um jantar organizado no Palácio do Eliseu pelo então presidente da França, Nicolás Sarkozy, com o emir do Catar, Hamad Ben Khalifa Al Thani. Os investigadores suspeitam que o evento serviu para que Platini passasse a apoiar a candidatura do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022.