domingo, 24 de novembro de 2024
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Pitty lança ‘Matriz’, primeiro disco em 5 anos

Pitty está de volta depois de cinco anos de hiato. A cantora lançou seu quinto disco, “Matriz”, nesta sexta-feira (26). O trabalho mantém o espírito roqueiro que fez a artista…

Pitty está de volta depois de cinco anos de hiato. A cantora lançou seu quinto disco, “Matriz”, nesta sexta-feira (26).

O trabalho mantém o espírito roqueiro que fez a artista ser uma das mais populares do Brasil desde o início dos anos 2000, mas se abre a uma exploração potente da sua terra natal e das possibilidades que músicos contemporâneos de Salvador e região abraçaram com fervor nos últimos anos.

O álbum traz parcerias com estrelas da Bahia: Lazzo Matumbi, Larissa Luz, BaianaSystem; uma música de Teago Oliveira, do Maglore, outro grande expoente do rock baiano, a faixa Motor, também gravada recentemente por Gal Costa, e uma de Peu Sousa, parceiro histórico de Pitty, morto em 2013; um sample de Dorival Caymmi; e pelo menos uma intersecção involuntária com Gilberto Gil.

É também o primeiro disco da cantora depois de duas novas experiências em sua vida. A primeira, de forte voltagem transformadora, a maternidade (Madalena tem hoje 3 anos). A segunda são as temporadas como uma das apresentadoras do Saia Justa, programa do GNT em que debate temas que vão da criação artística a assuntos políticos agudos, passando pela adaptação da linguagem ao mundo contemporâneo e atitudes em relacionamentos, tudo isso ao vivo. TV em alto nível.

Produzido pelo parceiro de longa data Rafael Ramos, Matriz não representa exatamente um “retorno” às suas origens, segundo Pitty. “Se fosse um retorno, eu voltaria para o mesmo lugar. Estou indo para um lugar diferente”, disse a cantora numa entrevista realizada nesta quinta-feira, 25, na zona sul de São Paulo.

E ela traz a sua própria bagagem. A faixa Roda, no centro do disco, uma parceria com o BaianaSystem, começa com a guitarra baiana inconfundível de Roberto Barreto para logo se transformar num rock n’ roll cheio de efeitos sobre guitarras, claro, mas também com a presença de um cavaquinho e um bandolim (ambos distorcidos). “Quando eu vi o Baiana surgindo, falei: apareceu alguém para sintetizar a onda de ser pesado, ter letras contundentes e juntar os ritmos. Bateu para mim também, porque é muito difícil incorporar cultural local com outras paradas sem ficar meio assim…” Aqui, ela conseguiu.

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