Com aparição cada vez mais frequente, principalmente no rio Grande, o pirarucu é um dos peixes cuja captura é permitida durante o período da piracema. A espécia nativa da bacia do rio Amazonas foi introduzida na região, ao que parece, com o estouro de uma barragem próximo a Minas Gerais.
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar Ambiental, major Alessandro Daleck, explica que, com esse estouro, o peixe acabou invadindo o trecho do rio Grande, entre a Usina de Água Vermelha e a Usina de Marimbondo. “Ele é muito visto nos municípios de Riolândia, Cardoso, Paulo de Faria, Orindiúva até Icém. Nesse pedaço tem bastante incidência do pirarucu”, ressalta.
Por se tratar de uma espécia carnívora, o pirarucu acaba competindo com os peixes nativos da bacia hidrográfica do rio Paraná e não tem um predador natural. Em setembro deste ano, o Diário mostrou como o pirarucu está se tornando uma ameaça para as espécies nativas. “Tem, sim, um risco de quebra do equilíbrio ecológico com a presença maciça do pirarucu, tanto é que existem trabalhos acadêmicos tocados pela Unesp de Rio Preto com relação à população de pirarucu nessa região”, explica o major.
Além do pirarucu, a pesca também é permitida de espécies não nativas, alóctones (de origem e ocorrência natural em outras bacias brasileiras), exóticas (de origem e ocorrência natural somente em águas de outros países) e híbridas (organismo resultante do cruzamento de duas espécies), tais como: apaiari; bagre-africano; black-bass; carpa; corvina; peixe-rei; sardinha-de-água-doce; piranha-preta; tilápias; tucunaré; pirarucu, zoiudo; porquinho, entre outros.
A piracema começou no dia 1º de novembro e segue até 28 de fevereiro de 2023.