domingo, 24 de novembro de 2024
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Pior dos crimes é médico não incentivar vacinação, diz secretário

Após a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da vacina Coronavac em crianças de 6 a 11 anos de idade sem comorbidades, a Prefeitura de…

Após a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da vacina Coronavac em crianças de 6 a 11 anos de idade sem comorbidades, a Prefeitura de São Paulo informou que dará início à imunização neste sábado, 22.

Em entrevista à Rádio Eldorado, na manhã desta sexta-feira, 21, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, reforçou que a nova autorização da agência servirá de “incentivo” aos pais. “O importante é que as crianças sejam imunizadas para ficarem protegidas e também para atingirmos 90% da população vacinada, a proteção ideal”, disse.

No entanto, Gorinchteyn criticou a divulgação de notícias falsas referentes à imunização infantil. “Pior dos crimes são os médicos que incentivam a não vacinação. Em todas as esferas. Isso é muito mais criminoso do que a população comum, pois esta acaba, às vezes, divulgando informações de alguém que tem CRM”.

Até então, a única vacina aprovada no Brasil para crianças era o imunizante da Pfizer, que já começou a ser aplicado em crianças de 5 a 11 anos na semana passada. Nesta quinta, 20, a Anvisa liberou a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, para a faixa etária de 6 a 17 anos.

O estudo indicou ainda que a Coronavac não deverá ser aplicada em crianças imunocomprometidas (como aquelas em tratamento para câncer) porque faltam dados sobre os benefícios do imunizante para esta população específica.

Em relação à aplicação da dosagem da Coronavac ser a mesma no público adulto e infantil, diferentemente da Pfizer (que utiliza a metade), o secretário tranquilizou. “Na verdade, a formulação do produto (Pfizer) que exige um quantitativo menor. As duas vacinas têm ação protetora. A Coronavac tem uma característica imunogênica semelhante ao da gripe. Isso dá segurança, menor risco de efeitos adversos e proteção importante.

Por fim, Gorinchteyn lamentou a veiculação da propaganda do governo federal em que coloca vacinação desse público como uma “opção” dos pais. “Isso é muito triste, pois todos nós crescemos com vacinas e ficávamos na fila esperando, aquilo era sinal de proteção. Temos o melhor programa nacional de vacinação do mundo É um complexo de vacinação gratuito, sempre foi assim”, atentou “Hoje temos um viés, que não é científico, de alguns que compromete o andamento. Porém, pesquisas mostram que as pessoas querem sim se vacinar”, finalizou.

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