A Polícia Civil mostrou fotografias para o pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, suspeito de matar sete pessoas. Uma das fotos é a da estudante Renata Christina Pedrosa Moreira, de 33 anos. E ele disse no interrogatório que a matou.
Na segunda (28), após o fim do trabalho da perícia, a mãe e a companheira de Renata compraram uma pá e uma enxada e entraram na casa do pintor em busca do corpo. Não encontraram, mas, além de objetos, acharam ossos e novos restos mortais que não haviam sido recolhidos pelos peritos.
De acordo com reportagem do site G1, Maria de Fátima Gomes Machado Pedrosa, mãe da estudante, conta que mora no Rio de Janeiro, mas desde o início do ano está em São Paulo em busca da filha que desapareceu em janeiro deste ano.
Renata era carioca, mas morava em São Paulo com a companheira Louise Teixeira em um apartamento próximo à favela onde vivia o pintor. A mãe disse que ela era usuária de drogas e costumava frequentar a comunidade para comprar entorpecentes. O último sinal do celular da estudante, inclusive, foi de dentro do local.
Maria de Fátima afirmou que, em um dos dias que procurava pela filha na região, chegou a cruzar com Jorge Luiz. “Eu deparei com esse homem, mostrei fotos da minha filha pra ele. Falou que não conhecia.”Outra foto mostrada para o pintor na delegacia foi a de Andréia Gonçalves Leão, de 20 anos, conhecida por Baianinha, que, assim como ele, era moradora da favela Alba. Segundo a polícia, o pintor também disse que a matou, mas ele não ligou os nomes das duas mulheres com as fotos.
Antes, o pintor já havia confessado a morte do vizinho Carlos Neto de Matos Júnior. Foi o único corpo identificado até agora. A polícia quer saber quem são as outras seis vítimas e está chamando parentes de uma lista de cerca de 30 pessoas desaparecidas na região do Jabaquara.
Segundo a polícia, o pintor também declarou, durante o interrogatório, ter matado uma mulher chamada Paloma. Jorge Carrasco, delegado da 2ª Seccional-Sul, disse que “Nós temos que individualizar esses corpos que foram encontrados, saber de quem são e traçar um perfil, saber o que ocorreu realmente nessa comunidade e que veio acontecer esse fato, essa atrocidade.”
Todos os objetos encontrados na casa do pintor foram levados para a delegacia do Jabaquara. Dezenas de peças de roupas podem ajudar a identificar os donos.
A casa de Jorge está interditada. Em buscas de pistas, paredes foram quebradas e escavações foram feitas no quintal em busca de mais corpos.