Em entrevista à Revista Isto É, nesta sexta-feira (9), o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) defendeu o aumento do valor do auxílio emergencial pago pelo Governo federal para ajudar as famílias brasileiras em situação de extrema pobreza, e que o benefício seja repassado até o fim deste ano.
“Nós não venceremos os efeitos da pandemia nos próximos meses. Até porque o ritmo da vacinação está muito lento. O auxílio emergencial precisa ser maior e repassado por mais tempo, porque o trabalhador precisa comer e sustentar a família enquanto está em casa”, afirmou. Para que o Governo consiga reajustar o valor, em meio ao orçamento federal à beira do colapso, Pinato sugeriu que o Congresso Nacional vote projetos que garantam a taxação dos mais ricos e acesso dos empreendedores a programas emergenciais de crédito.
Nos últimos dias, o parlamentar apresentou três projetos de lei. O PL 1204/2021 estabelece, por exemplo, um imposto sobre renda e rendimentos de aplicações de fundos de investimentos fechados; O PL 87/2021 cria um programa excepcional de regularização tributária; E o PL 1291/2021 permite que os resultados positivos do Banco Central possam ser destinados ao Tesouro Nacional enquanto durar a pandemia de Covid-19. “Está na hora de cobrar dos mais ricos e exigir a participação dos banqueiros”, reforçou ele.
Apoio a Bolsonaro
Fausto Pinato criticou a interferência ideológica no Governo, que influenciou na tomada de decisões e afetou negativamente a gestão de combate à pandemia. Para ele, o novo ministro da Saúde, Dr. Marcelo Queiroga, pode representar um novo momento em que o Brasil passará a respeitar a ciência. “Estou esperançoso de que ele possa representar ao Brasil uma via de racionalidade e diálogo”, ponderou.
Perguntado sobre o apoio a Jair Bolsonaro, Fausto Pinato destacou sua admiração e respeito ao presidente da República, mas frisou que a ala moderada do Poder Legislativo espera uma mudança de postura pela união de todos os brasileiros. E considerou que a abertura de um processo de impeachment pode gerar mais desgaste e prejuízos à população entre os poderes, o que não é momento. “Parar o país por 90 dias é um sentimento que ninguém quer”, afirmou.