terça, 19 de novembro de 2024
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Pinato defende interdição de Bolsonaro para tratamento médico

Em resposta às recentes insinuações do presidente Jair Bolsonaro sobre o vírus da Covid-19 ter sido criado em laboratório na China, fato já descartado pela OMS, o presidente da Frente…

Em resposta às recentes insinuações do presidente Jair Bolsonaro sobre o vírus da Covid-19 ter sido criado em laboratório na China, fato já descartado pela OMS, o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado federal Fausto Pinato, emitiu uma nota de repúdio em que defende a interdição civil do presidente para tratamento médico.

“Não compactuaremos com afirmações desrespeitosas e irresponsáveis contra a China, que tem sido grande parceira do Brasil na luta contra a pandemia da Covid-19 e pela vacinação dos brasileiros. Ofensas à China não podem ser usadas para ofuscar verdades qeu estão se tornando públicas na CPI da Covid-19.”, desabafou Pinato em suas redes sociais.

A nota repercutiu na grande mídia, e em entrevista ao vivo na Band News na noite de ontem, o deputado foi incisivo ao criticar a “ideologia olavista” que permeia o governo Bolsonaro.

“A China é a maior parceira do Brasil na economia e na saúde. 85% das vacinas aplicadas, primeira quanto e segunda doses, foram importadas da China, por meio de um sólido acordo diplomático. Como presidente da Frente Parlamentar Brasil-China do Congresso Nacional, não irei permitir que declarações ideologicas irresponsáveis arranhem essa relação bilateral tão importante para o Brasil e para os brasileiros.”, acrescentou Pinato.

CORONAVAC

Além de prejudicar a relação diplomática com a China, o deputado Fausto Pinato ressalta que os ataques do governo ao país asiático podem atrasar a entrega da Coronavac ao Brasil.

A preocupação do deputado é a mesma do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que em entrevista coletiva, disse que os ataques de Jair Bolsonaro à China retardam a remessa dos insumos necessários para produzir a vacina:

“Todas as declarações neste sentido têm repercussão. Nós já tivemos um grande problema no começo do ano e estamos enfrentando de novo esse problema. Embora a embaixada da China no Brasil venha dizendo que não há esse tipo de problema, a nossa sensação de quem está na ponta é que existe dificuldade, uma burocracia que está sendo mais lenta do que seria habitual e com autorizações muito reduzidas e volumes. Então, obviamente, essas declarações têm impacto e nós ficamos à mercê dessa situação.”

Confira abaixo a nota oficial emitida pelo parlamentar:

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