O Brasil terá mais um piloto na Fórmula 1 em 2019. E com um sobrenome de peso.
Pietro Fittipaldi foi confirmado como futuro piloto de testes da equipe norte-americana Haas. O neto do Emerson Fittipaldi, bicampeão da categoria, vai exercer função semelhante a de Sérgio Sette Câmara, na McLaren.
O anúncio oficial do time americano deve ser feito ainda nesta sexta-feira. Pietro, que mora na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desembarcou em São Paulo nesta manhã. Do aeroporto, veio direto para o paddock do Autódromo de Interlagos para conversar com dirigentes e integrantes da equipe.
A Haas ainda vai definir a eventual participação do brasileiro em testes de pré e intertemporada e em treinos livres das etapas do próximo campeonato. Geralmente, pilotos de testes ganham oportunidades pontuais para irem à pista em algum momento da temporada. Ao mesmo tempo, trabalham nos simuladores e atuam no suporte aos titulares.
As negociações entre piloto e equipe já vinham desde o primeiro semestre do ano. Mas o acidente sofrido pelo brasileiro no dia 4 de maio, durante treino das 6 Horas de Spa-Francorchamps, prova válida pelo Mundial de Endurance (WEC), acabou atrasando o acerto. Seria a estreia do brasileiro na competição. Ele sofreu fraturas nas duas pernas e precisou passar por duas cirurgias. Por causa do acidente, perdeu parte da temporada da Fórmula Indy incluindo a tradicional 500 Milhas de Indianápolis, e também da Superliga japonesa.
O piloto de 22 anos será o segundo brasileiro confirmado na Fórmula 1 em 2019, depois de uma temporada em que o País não teve representantes nem entre titulares e nem entre pilotos de testes. O GP do Brasil, neste fim de semana, será o primeiro sem um brasileiro na pista desde a disputa da primeira corrida oficial da categoria em solo nacional, em 1973.
O acerto entre Pietro e a Haas confirma ainda o retorno do sobrenome Fittipaldi ao campeonato. Ele será o quarto integrante da família a integrar a Fórmula 1. Seu avô Emerson foi campeão duas vezes, em 1972 e 1974. Seu tio Wilson Junior, irmão de Emerson, e seu primo Christian também competiram, sem maior destaque.
Além disso, o pai de Emerson, Wilson Fittipaldi, foi piloto amador e jornalista. Foi um dos pioneiros nas transmissões de corridas pelo rádio. Narrou as próprias provas e vitórias do filho Emerson, incluindo aquelas que sacramentaram os dois títulos mundiais na Fórmula 1.