Mesmo com o 28º maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os 645 municípios do Estado, Rio Preto ainda perde para outras cidades da região na quantia destinada a cada um de seus habitantes. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo IBGE, o PIB do município em 2004 foi de R$ 2,9 bilhões, enquanto o PIB per capita atingiu R$ 7,3 mil. A renda de cada rio-pretense ficou inferior à média do Estado, onde o PIB per capita em 2004 foi de R$ 13,7 mil. O município também ficou atrás de cidades da região como Barretos, Bebedouro, Catanduva e Ilha Solteira. Até mesmo Jaci, onde o PIB naquele ano foi de R$ 79,08 milhões, apresentou PIB per capita superior ao de Rio Preto, de R$ 17,3 mil. De acordo com o economista Hipólito Martins Filho, delegado do Conselho Regional de Economia (Corecon), o PIB per capita representa como a renda está sendo distribuída. Segundo ele, no entanto, em algumas cidades pequenas, onde estão instaladas indústrias, apesar da concentração de renda ser muito grande, o índice que mede a riqueza de cada habitante apresenta valores altos.
Ainda de acordo com Martins Filho, a diferença do PIB de Rio Preto e de outras cidades como Santo André (R$ 9,6 bilhões), São José dos Campos (R$ 16,9 bilhões) e Sorocaba (R$ 8,5 bilhões) se deve à vocação da cidade para o setor de comércio e serviços. “Não temos muitas indústrias, em que ocorre a produção de bens com alto valor agregado. Por outro lado, nossa prestação de serviços não inclui grandes empresas do setor financeiro ou de telefonia, como as capitais.” Para a economista Emília de Toledo Leme, assessora da Secretaria de Planejamento, o PIB per capita muitas vezes não reflete bem-estar e qualidade de vida para a população, pois na maioria dos casos a renda fica concentrada. Segundo ela, o PIB apurado pelo IBGE superou as expectativas da prefeitura de Rio Preto e demonstrou a tendência de crescimento da economia da cidade. Na comparação com 2003, quando o município apresentou PIB de R$ 2,699 bilhões, a economia de Rio Preto cresceu 8,5% em 2004. Em todo o Estado, o crescimento foi ainda maior de 10,4%, a riqueza produzida pelos paulistas passou de R$ 494,8 bilhões em 2003 para mais de R$ 546,6 bilhões no ano seguinte.