Um novo remédio desenvolvido pela Pfizer mostrou resultados promissores em testes clínicos para tratamento de câncer de pulmão.
O medicamento, chamado Lorlatinibe e comercializado como Lobrena nos EUA, demonstrou reduzir significativamente a progressão do câncer e melhorar a sobrevida de pacientes com linfoma quinase anaplásico (ALK), um tipo raro de câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC).
O ensaio clínico, apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) e publicado no Journal of Clinical Oncology, envolveu centenas de pacientes. Metade recebeu Lorlatinibe, enquanto a outra metade foi tratada com crizotinibe, um medicamento de geração anterior. Após cinco anos, mais da metade dos pacientes tratados com Lorlatinibe não apresentaram progressão do câncer, comparado a apenas 8% daqueles que receberam crizotinibe. “Estamos falando de pacientes com doença metastática avançada, portanto esta é uma descoberta sem precedentes”, disse Despina Thomaidou, da Pfizer.
Os resultados mostraram uma redução de 81% no risco de progressão ou morte entre os pacientes tratados com Lorlatinibe. Este medicamento é especialmente eficaz em penetrar a barreira hematoencefálica e inibir mutações tumorais que impulsionam a resistência, um avanço significativo considerando que 25% a 40% das pessoas com NSCLC positivo para ALK desenvolvem metástases cerebrais nos primeiros dois anos. Os efeitos colaterais do Lorlatinibe incluíram inchaço, ganho de peso e problemas de saúde mental, como depressão.