Polícia Federal deflagrou pela manhã a Operação Ouro Branco, que tem como objetivo combater crimes contra a saúde pública cometido pela Coopervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande) Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro).
Ao todo, 200 policiais federais, auxiliados por servidores do Ministério da Agricultura, devem cumprir cerca de 25 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão nas cidades de Uberaba e Passos.
As cooperativas são acusadas de adicionar substâncias não permitidas – ou permitidas, porém além da dosagem máxima permitida por lei -, ao leite longa vida integral. O crime era cometido com a intenção de aumentar a quantidade do produto e prorrogar o prazo de validade.
De acordo com a Polícia Federal, o leite adulterado era revendido pelas cooperativas para empresas como Calu e Parmalat, que comercializavam o produto em embalagens próprias em todo o país.
Entre os suspeitos procurados, estão dirigentes e empregados das cooperativas envolvidas, além de um servidor do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura -responsável pela fiscalização da produção de leite e seus derivados.
Também estão sendo recolhidas amostras de leite longa vida integral em todo o país, já que, segundo as apurações, a fraude atinge dimensão nacional envolvendo empresas de diversos estados.
