domingo, 17 de novembro de 2024
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PF prende empresário foragido em investigação de desvios na FEF

A Polícia Federal de Jales prendeu ontem, (01), um homem que estava foragido desde a deflagração da Operação Vulpino, que investiga desvios de mais de R$ 10 milhões de reais…

A Polícia Federal de Jales prendeu ontem, (01), um homem que estava foragido desde a deflagração da Operação Vulpino, que investiga desvios de mais de R$ 10 milhões de reais da Fundação Educacional de Fernandópolis – (FEF).

E. J. O., 45 anos, empresário em Francisco Beltrão (PR) e presidente da ABRACI (Associação Brasileira de Assistência ao Cidadão), sediada em Curitiba-PR, recebeu recursos provenientes de negociação fraudulenta entre a direção da FEF, a ABRACI e uma Usina de cana-de-açúcar de Maceió-AL.

À época dos fatos, títulos de crédito da Usina foram adquiridos pela FEF por intermédio da ABRACI. Os títulos seriam utilizados para serem abatidos em dívidas da Fundação Educacional com a Receita Federal. Mesmo sem confirmar a validade dos títulos, os valores foram pagos antecipadamente pela FEF.

Posteriormente, a Receita Federal verificou que os títulos não tinham valor contábil e, por esta razão, multas e juros foram adicionados à dívida. Somente nesta fraude, a FEF teve um prejuízo de mais de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).

Na ocasião de sua prisão, o empresário confessou que ficou com “apenas” R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) do total recebido e que o restante foi repassado a outros envolvidos no golpe. Segundo o investigado, o ex-prefeito de Fernandópolis, L.V. e o assessor jurídico da FEF à época e presidente da Fundação posteriormente, P.S.N., presos na deflagração da Operação Vulpino, viajaram para Curitiba-PR, Brasília-DF e Maceió-AL à época dos fatos, para concretizar a negociação dos títulos “podres”.

Atualmente, a Fundação Educacional está sendo administrada por equipe multidisciplinar indicada pelo Poder Judiciário para organizar as finanças e, também, identificar outros possíveis desvios ocorridos nas duas últimas administrações.

Após ser ouvido pelo Delegado Federal Cristiano Pádua da Silva, que preside as investigações, o preso foi encaminhado até a Cadeia de Jales onde permanecerá à disposição da Justiça Estadual de Fernandópolis.

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