segunda, 28 de outubro de 2024
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PF prende acusados de tráfico internacional

A Polícia Federal de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, desencadeou ontem a operação Sede Campestre para desmontar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que tinha ramificações em Rio…

A Polícia Federal de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, desencadeou ontem a operação Sede Campestre para desmontar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que tinha ramificações em Rio Preto e Mirandópolis, além de outras cidades do interior paulista, São Paulo e Rio de Janeiro.

No total, 16 pessoas foram presas: quatro em Dourados, sete em Ponta Porã, cidades sul-mato-grossenses, e uma em Rio Preto, Mirandópolis, Sorocaba, Campinas e Jundiaí. Entre os presos está Marcos Antônio Rodrigues da Silva, 36 anos. Ele foi localizado anteontem no Jardim Arroyo, região norte de Rio Preto. Um comparsa de Silva fugiu e é procurado. A operação contou com a participação de 50 agentes.

A investigação foi iniciada há sete meses e desarticulou a quadrilha formada por brasileiros e paraguaios. Fora a operação, a investigação havia colocado 14 pessoas atrás das grades e apreendido 800 quilos de cocaína. O chefe do esquema é um comerciante que mantinha uma farmácia de “fachada” em Ponta Porã, cidade que faz divisa com o Paraguai, para esquentar o dinheiro movimentado com atividade ilícita.

O delegado-chefe da PF em Ponta Porã, Fabrízio José Romano, afirma que o comerciante comprava cocaína, crack e maconha de paraguaios e revendia para traficantes ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles recebiam, processavam e distribuíam a droga nas suas cidades de origem, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Pagavam pelo entorpecente por meio de depósitos bancários, dinheiro em espécie, veículos legalizados, roubados ou provenientes de “golpe do seguro”.

Os 17 mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal de Ponta Porã. As contas correntes dos integrantes da organização foram bloqueadas. Marcos Antônio Rodrigues da Silva era monitorado pela Polícia Federal, mas acabou preso pela Polícia Militar. Foi abordado na avenida Isabel Martins Arroyo porque estava em atitude suspeita em um veículo. Na casa de Silva foram encontrados 470 gramas de crack. A droga estava escondida dentro do guarda-roupas.

Ele declarou no depoimento prestado à polícia que pegou o entorpecente há uma semana e iria repassá-lo a um homem conhecido como Ceará. Foi preso em flagrante e ficará em Rio Preto à disposição da Justiça. A polícia descobriu que a cocaína era recebida e depois guardada em chalés no interior de São Paulo.

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