A Petrobras espera que os preços do petróleo recuem com o fim da temporada de férias nos Estados Unidos, mas informou que, se o patamar atual ao redor dos US$ 77 por barril resistir por mais tempo, os preços dos combustíveis no Brasil poderão ser reavaliados.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que o aumento recente da cotação do produto é cíclico e que o normal seria um recuo, mas uma mudança nesse padrão é uma possibilidade.
“O preço subiu por causa do ‘driving season’. Passado isso, tende a arrefecer”, disse Barbassa a jornalistas, durante evento no Rio, referindo-se às férias nos EUA, quando o aumento das viagens eleva a demanda por combustíveis.
Os preços futuros de petróleo em Nova York terminaram em alta hoje, com o contrato outubro fechando cotado a US$ 78,23 por barril, novo recorde histórico.
A alta desta terça ocorreu devido à expectativa de que o governo dos Estados Unidos anuncie uma queda nos estoques de petróleo e gasolina no país na quarta-feira.
O novo recorde do petróleo foi registrado no mesmo dia em que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou que aumentará a produção em 500 mil barris por dia, a partir de 1º de novembro.
Barbassa disse, no entanto, que a estatal ainda não tem informações que confirmem um novo patamar de preços para o petróleo e não descartou pressões na direção contrária, para uma queda nos valores da matéria-prima, caso os problemas nos mercados financeiros afetem a economia e reduzam o ritmo de crescimento global.
“Estamos no meio do vendaval, não podemos dizer para onde vai essa situação”, afirmou.