Um homem de 36 anos foi morto a tiros no último domingo, 19, em um bar no distrito de Selma, a 60 km do município de Jaciara (MT), após uma discussão sobre política. Valter Fernando da Silva era apoiador de Jair Bolsonaro (PL), e o suspeito do assassinato, Edno de Abadia Borges, de 60 anos, é defensor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Polícia Civil investiga o crime como homicídio qualificado.
Segundo o delegado responsável pela investigação, José Ramon Leite, testemunhas disseram que ambos se desentenderam de forma “acalorada” por causa de opiniões políticas contrárias. “Essa discussão foi tomando um tom mais agressivo, até que, em determinado momento, o suspeito convidou a vítima para ir ao lado de fora do estabelecimento e foram ouvidos dois disparos”, afirmou o delegado, com base em depoimentos de quem estava no bar, em áudio enviado ao Estadão.
A perícia foi acionada e constatou que a vítima estava com duas perfurações na região do abdômen. Até o momento, a polícia não trabalha com a hipótese de crime político, mas de homicídio qualificado por motivo fútil, quando alguém comete o crime por motivo banal. A arma de fogo utilizada no crime não foi localizada.
Segundo testemunhas, Edno de Abadia Borges foi embora de carro do local logo após os disparos. Ele está foragido. Após o início da investigação, a Polícia Civil encontrou o veículo do suspeito a 10 quilômetros do local do crime. “É certo que a Polícia Civil, diante da fuga, assim que nós angariarmos maiores elementos, iremos representar pela prisão preventiva. Iremos concluir esse inquérito dentro do prazo legal, mas motivação e circunstâncias já estão delimitadas, restando apenas a localização e prisão do autor”, disse o delegado.
Outros casos
Assassinatos após discussões sobre política também ocorreram antes e durante a campanha eleitoral de 2022. Em julho, o guarda municipal Marcelo Arruda, então tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), foi morto por um bolsonarista enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos. Em agosto, um homem foi baleado em uma igreja da Congregação Cristã no Brasil (CCB), em Goiânia, por causa de discordâncias políticas com outro fiel. Em setembro, um petista esfaqueou um apoiador de Bolsonaro em Santa Catarina. Em outubro, um eleitor do PT matou um bolsonarista a facadas no litoral de São Paulo.Petista mata bolsonarista após briga em bar
Um homem de 36 anos foi morto a tiros no último domingo, 19, em um bar no distrito de Selma, a 60 km do município de Jaciara (MT), após uma discussão sobre política. Valter Fernando da Silva era apoiador de Jair Bolsonaro (PL), e o suspeito do assassinato, Edno de Abadia Borges, de 60 anos, é defensor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Polícia Civil investiga o crime como homicídio qualificado.
Segundo o delegado responsável pela investigação, José Ramon Leite, testemunhas disseram que ambos se desentenderam de forma “acalorada” por causa de opiniões políticas contrárias. “Essa discussão foi tomando um tom mais agressivo, até que, em determinado momento, o suspeito convidou a vítima para ir ao lado de fora do estabelecimento e foram ouvidos dois disparos”, afirmou o delegado, com base em depoimentos de quem estava no bar, em áudio enviado ao Estadão.
A perícia foi acionada e constatou que a vítima estava com duas perfurações na região do abdômen. Até o momento, a polícia não trabalha com a hipótese de crime político, mas de homicídio qualificado por motivo fútil, quando alguém comete o crime por motivo banal. A arma de fogo utilizada no crime não foi localizada.
Segundo testemunhas, Edno de Abadia Borges foi embora de carro do local logo após os disparos. Ele está foragido. Após o início da investigação, a Polícia Civil encontrou o veículo do suspeito a 10 quilômetros do local do crime. “É certo que a Polícia Civil, diante da fuga, assim que nós angariarmos maiores elementos, iremos representar pela prisão preventiva. Iremos concluir esse inquérito dentro do prazo legal, mas motivação e circunstâncias já estão delimitadas, restando apenas a localização e prisão do autor”, disse o delegado.
Outros casos
Assassinatos após discussões sobre política também ocorreram antes e durante a campanha eleitoral de 2022. Em julho, o guarda municipal Marcelo Arruda, então tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), foi morto por um bolsonarista enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos. Em agosto, um homem foi baleado em uma igreja da Congregação Cristã no Brasil (CCB), em Goiânia, por causa de discordâncias políticas com outro fiel. Em setembro, um petista esfaqueou um apoiador de Bolsonaro em Santa Catarina. Em outubro, um eleitor do PT matou um bolsonarista a facadas no litoral de São Paulo.