Pessoas distraídas e desacompanhas são as vítimas em potencial mais comuns de criminosos que praticam roubos nas ruas de Rio Preto, segundo a Polícia Civil.
Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) mostram que, de janeiro a novembro do ano passado, foram registrados 724 roubos na cidade. No mesmo período de 2018 foram confirmados 925 – 201 a mais.
Mesmo com os números apresentando queda, o problema ainda acontece – e frequentemente, como apontam os boletins de ocorrência registrados no Plantão Policial do município.
Na tarde da última terça-feira (14), um motorista de caminhão, que foi vítima de roubo enquanto voltava para casa a pé, procurou a delegacia para denunciar o caso. O homem, de 43 anos, estava em uma lanchonete no Jardim Simões e, ao voltar para casa, foi surpreendido por dois homens na rua, eles estavam armados com uma faca.
“Eu me sinto preso. Eu moro naquela região desde 1998, as coisas não eram assim. Infelizmente a zona norte da cidade está coberta pelas drogas e os moradores que sofrem com isso”, desabafou a vítima, que não quis se identificar.
Os suspeitos levaram o celular novo do motorista, que havia comprado o produto à vista, com o 13º salário. O aparelho custa em torno de R$ 850. Os criminosos fugiram sentido bairro Renascer e não foram encontrados.
Dois dias depois, na última segunda-feira (13), um consultor de 25 anos foi surpreendido por um homem dentro do Terminal Rodoviário. O suspeito iniciou uma conversa e colocou a mão na cintura, insinuando estar armado. Em seguida, o criminoso pegou a vítima pelo braço com força e obrigou o rapaz a sacar R$ 500 do caixa eletrônico.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o desconhecido tentou levar o celular e o notebook do consultor, mas desistiu porque ambos continham senha. Ele fugiu e também não foi encontrado. Todos os casos de autoria desconhecida são investigados pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Distração
Para o delegado Jonathan Marcondes, que atua no Plantão Policial, pessoas distraídas são os principais alvos dos criminosos. “Os criminosos não querem arriscar, eles querem agir rápido. Então, se concentram em pessoas distraídas – que estão mexendo no aparelho enquanto andam na rua ou que estão sozinhas, em lugares de pouca movimentação. Geralmente chegam em motocicletas armados ou surpreendem as pessoas a pé, na rua”, afirma.
Para evitar ser vítima deste tipo de crime, o policial civil orienta que as pessoas evitem mexer no celular enquanto estão na rua ou que deixem a bolsa de lado nos pontos de ônibus enquanto estão distraídas e conversando. “O mais importante de tudo é não reagir”, complementa.