“Ovos fossilizados? – foi a exclamação de um leitor da coluna quando mencionei o tema que iria abordar este mês. Posso imaginar que essa surpresa seja compartilhada por muitos outros leitores devido ao ineditismo do assunto”.
Foi dessa forma que o geólogo e paleontólogo Alexander Kellner iniciou o seu artigo publicado na revista Ciência Hoje do mês de maio, destacando a pesquisa desenvolvida na Fundação Educacional de Fernandópolis pelo Prof. Dr. Carlos Eduardo Maia de Oliveira (professor de Paleontologia da FEF) e uma equipe de pesquisadores sobre ovos fossilizados de crocodilos pré-históricos que habitaram nossa região há 85 milhões de anos e publicada pela Palaeontology, periódico científico ligado à Associação Paleontológica Britânica,.
No artigo, o paleontólogo ainda destaca:
“Que fósseis são raros, todos nós sabemos. No entanto, nunca é demais enfatizar que a preservação de alguns materiais tende a ser mais rara do que a de outros.
E ovos – evidência direta da reprodução de diversos organismos – caem exatamente nessa categoria. Levando-se em conta todos os registros de ovos fossilizados, os que são associados aos crocodilomorfos estão dentre os mais interessantes. Talvez surpresa ainda maior seja o fato de que, levando-se em conta todos os registros de ovos fossilizados, os que podem ser associados aos crocodilomorfos estão dentre os mais interessantes, devido à sua grande escassez – não apenas no Brasil, mas também em nível mundial. Por isso, a descoberta realizada por Carlos Oliveira, da Fundação Educacional de Fernandópolis (SP), é tão importante: uma série de ovos, incluindo ninhos de aproximadamente 70 milhões de anos”, cita Kellner. O artigo completo pode ser acessado na página on-line da revista (http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/ovos-fossilizados-de-crocodilomorfos)
O pesquisador da FEF também já foi contatado pela Revista Pesquisa Fapesp , através do jornalista Marcos Pivetta, para divulgação da pesquisa. Segundo Carlos Eduardo, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) é uma das maiores agências de fomento à pesquisa.
Desde a publicação da pesquisa na Palaeontology em março, o trabalho do professor da FEF, Dr. Carlos Eduardo Maia de Oliveira, vem repercutindo na imprensa e nos meios científicos. “Como bom fernandopolense, sinto orgulho em projetar a FEF e a nossa cidade no país e no exterior”, diz o pesquisador.