No Brasil a violência contra a mulher vem preocupando cada dia mais. Só no primeiro semestre deste ano, estudos feitos pela Central de Atendimento à Mulher mostram que as denúncias de maus tratos e agressão dobraram em relação ao ano passado.
Foram relatados 62 mil casos de violência. A maioria, agressões físicas, seguida pela psicológica e depois moral.
Em números absolutos, São Paulo é o estado com mais queixas de violência contra a mulher, seguido pela Bahia e pelo Rio de Janeiro.
São relatos assustadores, de agressões, xingamentos e até de cárcere privado. Mas, esses números também trazem pelo menos uma indicação de que esta situação pode mudar: as mulheres estão denunciando mais.
Outro número que impressiona é o de cárcere privado. Em Presidente Prudente, um marido que não aceitava a separação resolveu manter a mulher algemada em cárcere privado. Depois de gritar muito e tentar escapar pelo telhado, a dona de casa foi libertada pela Polícia Militar.
Há um ciclo de violência, tudo começa com um grito, depois um xingamento, um tapa, até chegarem a situações extremas.
Os agresores são aqueles que deveriam protegê-las. Em 72% dos casos os agressores vivem junto com elas – são os maridos, companheiros e namorados.
Outro número muito triste revelado pela pesquisa diz respeito aos filhos de mulheres agredidas. Quase 70% deles presenciaram as agressões e 16% foram agredidos junto com a mãe.
O telefone da Central de Atendimento à Mulher, em todo o Brasil, é o 180.