Falta fiscalização e consciência de pescadores.
“…É um verdadeiro massacre… um extermínio sem dó ou piedade… é o cumulo ver pescadores de mentirinha arrancando peixe fora de medida, ovado, carregando toneladas de peixes para vender… dar a amigos, enquanto nos que vivemos do peixe e temos consciência de que isso acaba e logo, estamos na penúria, apenas lamentando a orgia que se instalou nas águas do rio Paraná…”. São comentários ouvidos pelas barrancas do rio Paraná por pescadores e ambientalistas que tem consciência de que é preciso mudar os comportamentos para que não só o peixe continue existindo, mas para que a profissão de pescador profissional não acabe.
Para diretores da Econg, entidade de defesa do meio ambiente, o que vem acontecendo há muito anos no rio Paraná vai leva-lo a médio prazo a não ter peixes, e ai também não haverá os pescadores, e muitas vezes parece ao estado pela inércia e indiferença com que age, que seria bom mesmo que acabasse os peixes, porque ai ficaria livre do problema que é cuidar do patrimônio natural e publico.
Segundo os ambientalistas, o governo federal via Ibama de Brasília, tem responsabilidade nisso porque trata o rio de forma completamente deslocada da realidade, normas são confusas, as promotorias iniciaram mas não concluíram nada quanto as doenças que matam o cascudo preto e o armal, as empresas continuam descartando esgotos in natura dentro do rio, a retirada de peixes por conta dos amadores muitos deles, com equipamentos, lanchas, botes e material de primeira linha, de tecnologia avançada, concorrem deslealmente com os pescadores profissionais e cometem verdadeiras chacinas em termos de retirada de peixes do rio, pescam fora de medida e peso, filetam, e comercializam, sem que tenham autorização para isso.
Mas vários pescadores profissionais de Castilho, Beira Rio e Porto Independência já se organizam para fundar uma entidade que venha de fato representar seus interesses na defesa do rio e das leis que regem a pesca, alem de buscarem quando legalmente instituídos, os recursos que hoje sobram no governo federal e pelo fato de não existir representação alguma na região, acabam sendo devolvidos por falta de projetos elaborados pelos órgãos representativos dos pescadores profissionais.
Um dos articuladores da Associação, Tonho Cabamundo acredita que somente com organização e representatividade, os pescadores profissionais poderão ter seus direitos garantidos e o rio Paraná preservado, do contrário acredita que a profissão dentro de poucos anos não terá mais nenhum representante de verdade, apenas um monte de predadores portando carteiras de araque.