Um novo golpe está causando muita dor de cabeça a correntistas, bancos, empresas e comércio, de uma forma geral. Na região sul do país, o número de casos de cheques adulterados vem crescendo assustadoramente depois que falsários descobriram um novo jeito de “driblar” uma ferramenta muito utilizada pelo comércio: o preenchimento automatizado de cheques.
O Diário Regional conversou com o perito em falsificações Arnaldo Ferreira, que tem trabalhado em inúmeros casos de adulterações de cheques na região sul do país, onde o maior foco de casos tem ocorrido. O profissional não afasta a possibilidade de que este tipo de golpe esteja ocorrendo nas demais regiões, principalmente no Estado de São Paulo, considerado como a grande força motriz da economia brasileira.
O golpe
Cheques preenchidos por máquinas de preencher cheques ou impressoras fiscais, aquelas que você só assina depois de preenchido automaticamente pela máquina numa ”cortesia” do local onde você está pagando, podem ser apagados em microondas, sobrando apenas a assinatura do correntista, que é feita a caneta, diferente do restante onde foi feita com a tinta da máquina de preencher cheques.
Golpistas que atuam em Santa Catarina descobriram um jeito de adulterar os valores de cheques que são preenchidos em máquinas eletrônicas. Os valores dos cheques impressos mecanicamente são apagados quando colocados em fornos microondas por determinado tempo e potência.
Com o procedimento, apenas a assinatura do cliente, feita a caneta, permanece intacta. Assim, os cheques podem ser preenchidos novamente, geralmente, com valores bem acima dos combinados na hora da compra
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“O preenchimento [pela máquina] é feito com toner, que é um pó. Este pó é desintegrado dentro de fornos microondas se expostos àquele tipo de radiação por tempo e potências determinados”, diz o perito em falsificações Arnaldo Ferreira.
O perito recomenda como precaução, usar a caneta para o preenchimento dos cheques, evitando que o documento seja impresso de forma mecânica, o que pode dar margem para atuação de falsários, principalmente, em estabelecimentos comerciais em que o cliente não tenha o habito de comprar com esta modalidade de pagamento.
