domingo, 24 de novembro de 2024
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Peres nega atrito com Sampaoli e diz entender reclamações

A apresentação da atacante argentina Sole Jaimes como reforço do time feminino do Santos, no CT Rei Pelé, ficou em segundo plano diante das respostas do presidente José Carlos Peres…

A apresentação da atacante argentina Sole Jaimes como reforço do time feminino do Santos, no CT Rei Pelé, ficou em segundo plano diante das respostas do presidente José Carlos Peres em relação a vários assuntos abordados em entrevista coletiva nesta quinta-feira. O mais relevante deles diz respeito à relação do mandatário com o técnico Jorge Sampaoli.

Na apresentação de Sole Jaimes, que acertou seu retorno ao time alvinegro pelo qual foi campeã da Copa Libertadores em 2017, Peres elogiou a artilheira argentina e brincou dizendo que “precisamos de um centroavante desse no futebol masculino”. Depois de apresentar a atleta, o tom mudou. O presidente santista negou que tenha tido atrito com o treinador, disse que o comandante argentino não está extrapolando em suas reclamações e falou sobre saídas e chegadas de jogadores e os problemas financeiros do clube.

“Eu nunca tive atrito com Sampaoli, nenhum. Com o Cuca também não. Você não viu ele ir na imprensa expor. São situações óbvias. O Santos não é um Barcelona, Real Madrid ou Manchester City, aqui o dinheiro é de acordo com aquilo que você tem de receita e o que você tem de despesa. Nós trouxemos 12 jogadores, eles estão aí. Agora o Evandro, então são 13. O Sampaoli é um vencedor, isso que vocês têm que entender. Então ele quer uma equipe forte para ser campeão. Ele tem as demandas, temos que entender e, dentro do possível, cumprir”, afirmou.

Recentemente, o técnico expôs sua insatisfação com a diretoria do clube por meio de um e-mail. No cargo há pouco mais de seis meses, o argentino reclamou com a cúpula santista sobre as partidas no Pacaembu – ele e a maioria dos jogadores do elenco preferem atuar na Vila Belmiro -, a falta de reforços durante a pausa para a Copa América – chegou apenas o meia Evandro, que veio do futebol inglês – e a dívida de três meses no pagamento de direitos de imagem dele e de parte do elenco.

“Ele é um técnico Top. Como todo técnico Top, quer cada vez mais, quer jogadores, quer ser campeão. Também queremos ser campeões. Eu só lamento que o documento foi vazado. Mas todas as questões são fáceis de resolver. Algumas estão em curso. A questão de trazer mais jogadores é complicada, de orçamento. Eu tenho um estoque para vender e o que está em uso. Eu preciso fazer dinheiro vendendo o que eu tenho, os que não estão nos planos. Depois, com o dinheiro, trabalhar as aquisições. O campeonato é rápido, não dá para fazer as coisas no afogadilho. Demandas sempre terão, seja lá qual for o técnico. Temos de explicar, às vezes, que nem sempre tudo é possível. O futebol está complicado”, exaltou Peres.

O mandatário garantiu que as pendências serão quitadas em breve com o dinheiro oriundo da venda de Rodrygo ao Real Madrid e que vai se reunir com Sampaoli depois da partida contra o Bahia, marcada para este sábado, em Salvador, para resolver de vez os problemas. Peres também falou sobre a saída de Jean Lucas, que estava emprestado pelo Flamengo e foi para o Lyon, da França, algo que incomodou muito o treinador.

“Temos de entender as reclamações dele e procurar resolver. Está tudo em ordem. Trocamos algumas palavras. Teremos uma reunião, provavelmente, na volta da Bahia”, disse. “Aconteceu o caso do Jean Lucas. A gente trouxe o jogador com opção de compra de 8 milhões de euros. Não se arruma isso do dia para a noite. Estamos procurando evitar isso, trazer jogadores com opção de compra que não podemos alcançar”, explicou o mandatário.

Sobre o pedido de Sampaoli para o Santos jogar mais vezes na Vila Belmiro, Peres afirmou que a solicitação é legítima e que sentará para conversar sobre o assunto, mas ressaltou que não pode deixar de lado os torcedores santistas que moram em São Paulo.

“Vamos sentar e escolher os jogos para vir ou ir para São Paulo. Vemos essa demanda que haveria jogos em Santos e São Paulo. O pedido é legítimo, vamos sentar juntos e esclarecer. Não podemos abandonar a massa de torcedores em São Paulo, que é enorme. A porcentagem de sócios é maior na capital. Mas nossa casa é a Vila Belmiro”, comentou.

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