Pressionado pelos resultados ruins do Santos na temporada, Jair Ventura conseguiu se manter no comando do time durante a pausa das competições para a Copa do Mundo, mas não após a retomada do Campeonato Brasileiro.
Depois de dois empates, com Palmeiras e Chapecoense, o treinador foi demitido nesta segunda-feira pelo presidente José Carlos Peres, que assegurou ter “revisto os seus conceitos” para tomar a decisão de trocar de técnico.
“Tentei de todas as formas segurar o Jair Ventura, que é jovem e tem bom futuro. O futebol é um esporte que exige tomada de decisão todos os dias. Tive de rever os meus conceitos. O momento é de mudança. Por isso nós decidimos pela não permanência do Jair”, afirmou, em entrevista coletiva no CT Rei Pelé.
Sob o comando de Jair, o Santos foi eliminado nas semifinais do Campeonato Paulista e ocupa apenas o 15º lugar no Brasileirão, mas está classificado às oitavas de final da Libertadores e às quartas da Copa do Brasil. Peres reconheceu que a demissão de Jair era uma cobrança da torcida, mas apontou que a decisão foi tomada pela falta de bons resultados.
“Os resultados não estavam bons. A torcida fez grande pressão, mas nossa decisão não foi tomada por isso. Chegamos à conclusão que o melhor caminho era a demissão. Ao Jair desejo o melhor caminho do mundo. Infelizmente os resultados não vieram”, explicou.
À frente do Santos desde o início do ano, Peres apostou em Jair como o seu primeiro técnico no clube, mas o demitiu após apenas sete meses. O presidente, porém, negou que a aposta no treinador tenha sido um erro. “Não considero a demissão um erro de gestão. Quando contratamos o Jair, todo mundo aprovou, já que tinha feito um ótimo trabalho no Botafogo”, comentou.
O Santos voltará a jogar na quarta-feira, quando receberá o Flamengo na Vila Belmiro e vai ser comandado interinamente por Serginho Chulapa, auxiliar da comissão técnica permanente do clube. O nome do substituto de Jair ainda não foi definido.