domingo, 24 de novembro de 2024
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Perdi a paciência, diz médico da região que xingou internauta

Indignado com o comentário de um internauta que afirmou que duas pessoas morreram depois de receber a primeira dose da CoronaVac, o médico virologista e professor Faculdade de Medicina de…

Indignado com o comentário de um internauta que afirmou que duas pessoas morreram depois de receber a primeira dose da CoronaVac, o médico virologista e professor Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Funfarme), Maurício Lacerda Nogueira, ganhou repercussão nas redes sociais ao rebater a fake news com palavrão.

A forma direta com que Maurício desmentiu o internauta viralizou, rendendo memes e repercutindo nacionalmente. “Teu cu”, respondeu o profissional, que foi responsável por coordenar a terceira fase dos testes clínicos da vacina em Rio Preto.

Em entrevista ao G1, Maurício relatou que estava almoçando com o objetivo de esfriar a cabeça entre uma reunião e outra, quando entrou nas redes sociais e viu o comentário do internauta em uma reportagem sobre o início da aplicação da CoronaVac.

“Perdi a paciência. Chega uma hora que você cansa de discutir. De forma nenhuma achava que isso repercutiria. Pensei que o assunto estivesse encerrado, mas não controlamos as redes sociais. As coisas saem do seu domínio.”

“Aquele comentário é uma frustração do que está acontecendo há anos. O Umberto Eco escreveu que a internet deu voz aos idiotas. As pessoas têm utilizado a internet com uma voracidade impressionante”, complementou.

O virologista possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Além disso, Maurício é pós-doutorando no National Institute of Allergy and Infectious Diseases (2000 a 2004) e obteve o título de Livre Docente em Virologia. Atualmente, ele é professor Adjunto da Faculdade de Medicina de Rio Preto, mas também atua no Hospital de Base, mais especificamente na Unidade de Biologia Molecular.

Para ele, o Brasil vive, desde o ano passado, duas pandemias, o que deixa a situação ainda mais complicada e preocupante, principalmente porque as pessoas preferem acreditar naquilo que não condiz com a verdade.

“Vivemos a pandemia do coronavírus e a da fake news. O problema da fake news no Brasil é que ela é amplificada pelo Presidente da República. É a fake news da cloroquina, fake news da ivermectina e fake news da vacina. Isso é muito difícil para as pessoas que querem trabalhar de forma séria”, disse.

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