Um homem foi executado nesta sexta-feira (20) pela morte de uma mulher, na Carolina do Sul (EUA), mesmo após a principal testemunha do caso revelar que ele não estava presente no dia do crime.
Freddie Owens, de 46 anos, foi considerado culpado pela morte de Irene Grainger Graves, que foi baleada na cabeça durante um assalto na loja onde ela trabalhava como balconista, em Greenville, em 1997. Ele foi condenado à pena de morte dois anos depois.
Horas antes da execução, o co-réu de Owens, Steven Golden, assinou uma declaração afirmando que Owens não estava presente na noite do assalto e não atirou na vítima.
Golden afirmou ter sido pressionado pelos detetives a declarar que Owens estava com ele durante o assalto. Temendo pela própria vida e a possibilidade de receber pena de morte, ele trocou o verdadeiro nome do cúmplice por de Owens.
“Fiz isso porque sabia que era isso que a polícia queria que eu dissesse, e também porque pensei que o verdadeiro atirador ou seus associados poderiam me matar se eu o denunciasse à polícia. Ainda tenho medo disso. Mas Freddie não estava lá, na verdade”, disse Golden.
Na época, Golden firmou um acordo judicial para testemunhar contra Owens e evitar a pena de morte. Ele foi condenado a 28 anos de prisão.
Apesar das novas alegações sobre a inocência de Owens, a Suprema Corte da Carolina do Sul negou o pedido de suspensão da execução.