O juiz da Vara da Infância e Juventude e também titular do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim), Evandro Pelarin, sugeriu a criação de um núcleo de segurança composto por três forças: Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Municipal (GCM) para conter a quantidade de furtos que estariam sendo provocados pelo aumento de moradores em situação de rua e usuários de drogas no Centro de São José do Rio Preto (SP).
A proposta foi feita nesta segunda-feira (23), em uma reunião organizada por comerciantes, com a presença de autoridades e representantes de órgãos públicos. Segundo um representante comercial que conversou com o sbtinterior.com, ficou definido que as Polícias Militar e Civil, além da GCM, atuarão de forma mais rígida naquela região.
Na semana passada, o sbtinterior.com noticiou o segundo furto em menos de 10 dias em uma empresa na Vila Angélica, próximo da “cracolândia”.
Câmeras do circuito de segurança flagraram os criminosos vasculhando o local. Eles entraram pelo telhado e também arrombaram o estabelecimento com uma barra de ferro. Os suspeitos fugiram levando notebooks e celulares.
Mobilização
A mobilização de empresários e comerciantes da região central de Rio Preto ganhou força em junho de 2022, após uma série de ocorrências envolvendo furtos e situações violentas no Calçadão. Na época, uma mulher chegou a ser ferida com uma faca após se recusar a entregar a bolsa.
O Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista) chegou a lançar a campanha “Quer ajudar? Não dê esmolas”. A situação chamou a atenção dos órgãos públicos e da população, e foi discutida na Câmara Municipal.
Em agosto do ano passado, o Comitê Intersetorial de Políticas Municipais para a População em Situação de Rua, reuniu cerca de 300 pessoas – entre representantes de diversos segmentos da sociedade -, para discutir possíveis diretrizes para tentar resolver o caso por meio de assistência social, internação para dependentes químicos, acolhimento e acesso a moradia.
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal (GCM) montaram um esquema de monitoramento na área afetada, além de blitzs que também contaram com a atuação do Baep (Batalhão de Ações Especiais). O objetivo foi coibir o tráfico de drogas.
Em janeiro deste ano, a PM retirou o monitoramento 24h. Segundo a Prefeitura de Rio Preto, a decisão da retirada do serviço foi da Polícia Militar.