O inquérito policial do caso de atentado violento ao pudor e pedofilia que envolve os suspeitos José Barra Nova de Melo, 46 anos, e seu sobrinho Wíllian Melo de Souza, 19 anos, foi encaminhado para o Fórum de Catanduva, na tarde de ontem. De acordo com a delegada que responde temporariamente pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Rosana da Silva Vanni, no inquérito policial em andamento, há 12 vítimas ouvidas em declarações e quatro vítimas reconhecidas e identificadas através das fotografias tiradas por Melo, anexas ao inquérito. No total, são 16 vítimas registradas.
“No início, foi comentado o número de 36 crianças, supostas vítimas, pelo departamento de educação do município, porém, nas investigações, foi constatado que, de concreto, temos 16 crianças até o momento”, disse a delegada. Das 12 crianças ouvidas, dez confirmaram a prática de atos libidinosos de Melo e duas a participação do sobrinho Souza.
“Nos depoimentos, algumas crianças afirmaram que Souza auxiliava o tio na prática dos atos. Tudo indica que Melo praticava o crime e o sobrinho apenas auxiliava. Não constatamos a prática libidinosa de Souza”, explicou Rosana.
Durante esta semana, os policiais da DDM descobriram que um outro local era usado por Melo na prática dos delitos, próximo de sua primeira residência no Cidade Jardim. “Temos a informação que o suspeito levava as crianças para um barracão a alguns quarteirões de sua casa próxima à divisa com o Jardim Alpino, porém o local já foi demolido”, comentou. Até o fechamento desta edição, segundo a DDM, o suspeito Melo continuava preso na Cadeia Pública de Catanduva e Souza no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto. O advogado José Odival Squartecchia que defende o suspeito José Barra Nova de Melo foi procurado pela reportagem do Notícia da Manhã pelo terceiro dia consecutivo para falar sobre o caso, mas não foi localizado.