Os pedidos de conversão de combustível de veículos para GNV dobraram em 2021, de acordo com dados do Detran.SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo). Uma lei estadual criada em 2018 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo obriga os postos de combustíveis a abastecerem com GNV somente veículos identificados com o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Segundo os números do Detran.SP, só nos dez primeiros meses do ano, o crescimento foi de 102% na comparação com o mesmo período de 2020 – saltou de 2.527 para 5.106. Isso acontece em razão da alta nos preços da gasolina e do etanol. Apesar do GNV ser um derivado do petróleo, sua produção e comercialização é mais barata do que os outros dois principais combustíveis.
Com os pedidos de alteração de combustível, os donos dos veículos devem procurar empresas credenciadas especialistas em instalar o kit GNV. Com o serviço concluído, os proprietários devem solicitar um novo registro veicular ao departamento de trânsito, o que inclui uma vistoria, para saber se o sistema de GNV foi instalado corretamente, se não há vazamentos e se o carro vai funcionar normalmente com o novo combustível.
A lei criada na Alesp busca garantir a segurança da população, uma vez que há riscos de explosão. Os donos de postos não podem abastecer veículos que não tenham o selo do Inmetro no kit GNV. Além de ser um risco, a ausência do registro do órgão pode apontar que o veículo é clandestino e passou pela mudança de combustível em empresas ilegais.
A lei é de autoria do deputado Rodrigo Moraes (DEM). Na justificativa para criação da norma, ele destaca a importância da fiscalização para garantir a segurança. “A segurança do GNV depende da observância às normas, inclusive na manutenção e durante o abastecimento. Apesar de o abastecimento de veículos movidos a gás natural veicular, em postos de combustíveis, ser bastante seguro, requer alguns cuidados, assim como o de qualquer outro combustível”, disse.
O parlamentar completa ainda falando sobre a possibilidade de acidentes e a segurança do gás. “Os acidentes registrados ocorreram no momento do abastecimento do veículo e, principalmente por uso de equipamentos inadequados (kit de conversão instalado em oficinas não homologadas pelo Inmetro, botijão de GLP – que não suporta a pressão do GNV – ao invés de cilindro). O conceito de segurança desse combustível já é reconhecido em todos os países do mundo onde ele é largamente utilizado”, falou.
Adaptação
O motorista que quiser fazer o uso do GNV como combustível deve solicitar autorização prévia junto ao Detran-SP por meio do e-mail autorizacoesprevias@detran.sp.gov.br junto a documentos que deverão ser digitalizados e encaminhados, é possível consultar a lista de documentos necessários no site do Detran-SP.