quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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PCC ordenou assassinato de agente penitenciário do IPA

Policiais do SHPP (Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa), órgão da Polícia Civil prendeu F.A C.C, 27 anos, acusado de matar o agente penitenciário Juvenal Della Coleta, que estava…

Policiais do SHPP (Setor de Homicídio e Proteção à Pessoa), órgão da Polícia Civil prendeu F.A C.C, 27 anos, acusado de matar o agente penitenciário Juvenal Della Coleta, que estava de plantão no IPA (Instituto Penal Agrícola), no dia 13 de maio, durante os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que domina os presídios de São Paulo.

Depois de prender o acusado, a polícia decidiu fazer a reconstituição do crime e, encapuzado e algemado nos pés e mãos, o rapaz foi levado até o IPA, onde contou como foi o crime. Ele deu detalhes sobre a chegada ao local na noite em que Della Coleta foi morto.

O que mais surpreendeu os policiais foi o motivo do assassinato: pagamento de uma dívida de R$ 6 mil do acusado a traficantes ligados ao PCC. Segundo o delegado chefe do Deinter-5 (Departamento de Polícia Judiciária) Antônio Mestre Júnior, F.A. C.C devia para um traficante e a única forma de quitar sua conta seria matando um agente penitenciário, “a ordem foi dada pela facção”, contou.

As investigações sobre a morte do agente do IPA revelaram que, apenas dois homens participaram do crime e não quatro como foi noticiado na época. Outra revelação importante, é que os dois criminosos mortos na noite do crime, durante troca de tiros com policiais militares, não estavam ligados ao caso.

Durante todo o tempo da reconstituição, o acusado foi protegido por policiais fortemente armados e permaneceu encapuzado. No local estavam policiais civis e agentes penitenciários e jornalistas.

Droga e celular
O Rio Preto News apurou ontem, que na sexta-feira, quando 680 presos do IPA foram liberados para passar o dia dos pais com suas famílias, durante uma revista feita no presídio foram encontrados cerca de quatro quilos de maconha e dez telefones celulares.

O material apreendido, segundo uma fonte, teria sido entregue à Polícia Civil. Agentes penitenciários disseram ontem, que pelo menos 100 presos estariam ligados ao PCC e comandam a movimentação dos demais presos.

Durante a reconstituição da morte de Juvenal Della Coleta, vários agentes se mostraram indignados pelo fato de o acusado do assassinato estar encapuzado e protegido por um forte esquema, “gostaria de ver a cara dele”, comentou um funcionário do IPA.

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