A Polícia Civil de Catanduva registrou um caso de atentado violento ao pudor, na manhã da última segunda-feira.
De acordo com o boletim de ocorrência, a representante H. A. R., 42 anos, compareceu à delegacia acompanhada da menina T. G. O., 5 anos, e informou que teve conhecimento de que há quatro meses a garota, que é filha de seu amásio já falecido, foi vítima de um suposto atentado violento ao pudor.
Na época, segundo a declarante, a menor foi morar com a mãe biológica, e o atual marido conhecido por ‘Adão’ teria mexido no órgão genital da criança.
A menor afirmou, na ocasião, que o local sangrava e doía.
Em seguida, a mãe biológica passou por uma consulta no ‘postinho’ do Jardim Imperial, porém a representante afirmou desconhecer o resultado do exame.
Durante os relatos para a autoridade, a criança afirmou que um rapaz conhecido pelo apelido de ‘Loucão’, junto com ‘Adão’, também mexeu em seu órgão.
Em entrevista exclusiva, a representante H. disse à reportagem do Notícia da Manhã, que o pai biológico da menina T. morava em sua casa e depois que faleceu, a menor continuou sob seus cuidados.
“Durante algum tempo, T. morou com a mãe no Jardim Imperial. Às vezes, a criança ficava em minha casa, porque ela mesma trazia a menina para que eu cuidasse. Há quatro meses a menina começou a reclamar de dor, mas desde o sábado retrasado T. contou que ‘Adão’ e ‘Loucão’ mexeram com ela, motivo que me fez procurar a polícia e o Conselho Tutelar”, explicou H. Ainda na segunda-feira, a menor passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), que constatou que não houve penetração no órgão da menina.
“O laudo do IML não ficou pronto, mas o médico adiantou que não houve rompimento na menina”, disse a representante.
A família de H. espera que o caso seja resolvido através da polícia e da justiça.
“Desde a época em que o pai de T. estava no hospital, entrei com um processo no Fórum para pedir a guarda da menina. Tenho possibilidades de criar e dar uma boa educação. Não tenho provas se realmente tocaram na menina ou não, mas acredito no que ela diz”, afirmou.
Conselho Tutelar
O conselheiro tutelar Jean Bertozzi afirmou que o caso se desenrola há alguns meses e que, por quatro vezes houve a intervenção do próprio conselho e da Polícia Militar.
“Recebemos algumas denúncias sobre o caso e tivemos presentes na residência da mãe biológica e também da atual mãe de ‘criação’. O caso está nas mãos da polícia e só a justiça poderá definir com quem ficará a menina. O objetivo é verificar se realmente houve atentado violento ao pudor e quem poderá criar a menina com dignidade e respeito. A integridade da menina é a nossa maior preocupação e prioridade”, disse Bertozzi.
A Polícia Civil investiga o caso.