O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou nesta quarta-feira que o Paysandu ingressou com pedido de impugnação da partida de volta das quartas de final da Série C do Campeonato Brasileiro. No domingo, o time paraense perdeu o acesso para o Náutico nos pênaltis, após penalidade máxima duvidosa no tempo normal para os pernambucanos.
O anseio dos paraenses é que o STJD acate o desejo de impugnação, deixando o resultado da partida suspensa até que a entidade chegue à uma decisão final. Dessa forma, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seria intimada a não homologar o resultado, evitando que o time pernambucano encare o Juventude, pelas semifinais, nos dois próximos domingos.
O Paysandu, que usa a anulação do duelo entre Aparecidense e Ponte Preta, na Copa do Brasil deste ano, e duas partidas anuladas pela Fifa como exemplos, entende que a marcação do árbitro Leandro Pedro Vuaden fere o Artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
“A partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se ocorrer, comprovadamente, erro de direito relevante o suficiente para alterar seu resultado.”
O pedido seguiu para o presidente do tribunal, Paulo César Salomão Filho. Em caso de aceitação, a questão será levada ao Pleno. O Paysandu investiu na empreitada, tendo contratado o advogado Michel Assef Filho, no Rio de Janeiro, famoso por trabalhar em clubes como o Flamengo. O recurso vai ser julgado em até cinco dias.
RELEMBRE – No domingo, o árbitro Leandro Pedro Vuaden viu toque de mão de Uchôa e marcou um pênalti a favor do Náutico, em decisão muito contestada pelos visitantes, aos 49 minutos do segundo tempo, quando o Paysandu vencia por 2 a 1. Jean Carlos converteu a cobrança e levou a disputa para as penalidades, que terminaram com a vitória e o acesso do clube alvirrubro.