segunda, 23 de dezembro de 2024
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Paulistanos perdem até três anos de vida por causa da poluição

Em diversas cidades da região sudeste do Brasil o inverno é caracterizado pelo tempo frio e seco. Essa combinação pode levar ao surgimento de alguns sintomas específicos, como ardência nos…

Em diversas cidades da região sudeste do Brasil o inverno é caracterizado pelo tempo frio e seco. Essa combinação pode levar ao surgimento de alguns sintomas específicos, como ardência nos olhos e sensação de garganta e nariz secos devido à baixa umidade relativa do ar. Em São Paulo, por exemplo, onde existem quase seis milhões de carros circulando, a poluição é um agravante, pois reduz a capacidade do nariz de filtrar o ar que respiramos.

A ausência de chuvas dificulta que os gases poluentes emanados pelos carros se dissipem para a atmosfera, o que leva a um acúmulo de poluição bem ao alcance de nossos narizes. Nessa época do ano, “respire se puder” é a palavra de ordem para o paulistano. Não à toa, doenças respiratórias, como sinusite e rinite, costumam dar as caras com muito mais frequência do que em estações mais quentes.

Porém, um novo estudo, coordenado pelo médico patologista Paulo Saldiva, da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que as complicações causadas pelo tempo frio e seco vão muito além de problemas respiratórios e ardência nos olhos. De acordo com a pesquisa, a poluição pode cortar até três anos da expectativa de vida de um morador de São Paulo.

O ar pesado e poluído equivale a três ou quatro cigarros por dia e, mesmo que você não seja fumante, é impossível deixar de respirar e evitar que a fumaça venenosa vá para os pulmões. Por causa disso, a poluição é responsável pela morte de 35 pessoas por dia, em média, na capital paulista, ou seja, mais de 12 mil ao ano. Na China, a situação é ainda pior: 1,5 milhão morrem todos os anos em decorrência dos gases poluentes.

Para o especialista, ficar parado no trânsito em um ambiente rodeado por prédios, que dificultam a dispersão da fumaça – situação muito comum nas grandes metrópoles, como São Paulo -, é um dos piores cenários possíveis para a saúde dos pulmões e até do coração. Isso porque respirar o ar poluído pode aumentar as chances de infarto e de câncer de pulmão, além de outros problemas.

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