Uma mulher foi vítima de importunação sexual dentro de um trem da CPTM na manhã desta quarta-feira (6) na capital paulista. Passageiros se revoltaram e agrediram o suspeito.
Segundo a Companhia, o caso ocorreu na a Estação Tatuapé, da Linha 11-Coral: “A equipe de segurança da Estação Tatuapé, da Linha 11-Coral, foi acionada para conter um grupo de passageiros que agredia o suposto autor”.
Pelas imagens é possível ver que ao menos oito pessoas participaram das agressões contra o suspeito.
A companhia informou que a mulher foi prontamente atendida no Espaço Acolher da estação, e o homem, levado ao hospital.
“Após o atendimento, será encaminhado à 5ª Delegacia da Mulher, onde a vítima já foi direcionada para a elaboração do Boletim de Ocorrência”.
A CPTM está verificando as imagens para identificar o infrator e colaborar com a investigação policial.
A TV Globo entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para obter mais informações e aguarda retorno.
Casos de importunação sexual na CPTM
Entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 62 casos de importunação sexual na CPTM, sendo que 85% (53) deles foram atendidos no Espaço Acolher.
“O trabalho articulado entre a Companhia e a segurança pública garantiu que 55 casos do número total fossem encaminhados à autoridade policial e 23 delas detidas. Já em 2022, a CPTM registrou 113 ocorrências de importunação sexual em seus trens e estações, sendo 64,5% (73) assistidas no Espaço Acolher. Em 101 delas, o infrator foi identificado e encaminhamento ao DP e 37 ficaram detidos”, informou a companhia.
“A CPTM realiza ações e campanhas de conscientização aos passageiros e treinamentos para os colaboradores, em prevenção e combate a crimes de importunação sexual. Os trens e estações possuem câmeras de monitoramento que podem auxiliar na identificação e abordagem de autores, de maneira a coibir a circulação no sistema novamente. Além disso, desde março de 2020, a companhia possui o Espaço Acolher em 31 estações das cinco linhas, que oferece atendimento humanizado e privativo a mulheres vítimas de violência ou importunação sexual nos trens e estações da empresa”, diz a nota.