As irmãs gêmeas Maria Cecília e Maria Alice vieram ao mundo esta semana de uma forma diferente, nascendo empelicadas — casos em que a bolsa amniótica, que protege os bebês durante a gravidez, não se rompe na hora do parto.
O caso aconteceu no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova (MG). Segundo a própria unidade de saúde, que compartilhou um vídeo do momento nas redes sociais, esse tipo de ocorrência é raríssima, acontecendo somente uma vez a cada 80 mil nascimentos.
Em depoimento no Instagram, o ginecologista Emílio Garavini contou que já no início da cesariana percebeu que seria possível fazer o parto empelicado das irmãs, que nasceram exatamente no mesmo momento.
“Saí de casa nessa noite para atender uma paciente com gestação gemelar em trabalho de parto, já com uma cesariana anterior. E no momento da abertura uterina percebi que seria possível fazer o parto empelicado (muitas vezes faço assim). Só não imaginava que conseguiria fazer empelicado das duas bolsas e de forma absolutamente simultânea”, comemorou o médico, que liderou o procedimento na segunda (11).
Em homenagem ao momento especial, as irmãs ganharam um perfil no Instagram que leva o nome “As Gêmeas Empelicadas”, onde a mãe, Cristiane Mucci, continua compartilhando imagens das duas.
“Juntas e empelicadas”, escreveu ela ao lembrar o momento do parto, com o vídeo gravado pela equipe médica.
Em partos como de Mucci, a bolsa amniótica fica preservada com o bebê dentro. Assim, mesmo depois que eles nascem, é possível observar seus movimentos e atividades como se estivessem no útero — já que, normalmente, o rompimento da bolsa é o indicativo de que o parto está para ocorrer.
Embora seja incomum, o nascimento empelicado não gera riscos adicionais ao bebê e para a mãe, de acordo com os especialistas. É pela bolsa amniótica que o feto recebe os nutrientes e oxigênio durante o período da gestação.