A segunda-feira (29) deve ser marcada por missas e homenagens às vítimas do acidente da Gol. Há exatos quatro meses, o Boeing da companhia aérea brasileira se chocou com um jato Legacy, caiu em uma região de mata fechada de Mato Grosso e as 154 pessoas que estavam a bordo morreram. O acidente é investigado pela Polícia Federal e por uma comissão de especialistas da Aeronáutica.
Parentes participam de missa no domingo (28)O presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Jorge Cavalcante, reclama que não há um representante da entidade nas equipes de apuração. “Estamos abandonados. Gostaríamos de estar à frente de todo o processo, sabendo o que está sendo feito para que possamos ficar mais tranqüilos, sem tomar sustos a cada notícia que é passada para a gente”, disse à Agência Brasil.
Para ele, a conjunção de erros que levou ao acidente tem como principal responsável os dois pilotos do jato Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino. “Sabemos que os controladores erraram, que todos erraram e foi uma sucessão de erros. Mas, para nós, os principais responsáveis são os pilotos, porque eles não tinham experiência para pilotar uma aeronave nova.”
Cavalcante teme a lentidão da Justiça brasileira na investigação das causas do acidente. Segundo ele, as primeiras indenizações devem ser pagas pelos processos que as famílias estão movendo na Justiça dos Estados Unidos contra os pilotos, contra a ExcelAire (empresa proprietária do Legacy) e contra o fabricante do transponder (equipamento anti-colisão usado em aviões) que, no momento do acidente, estava desligado.
