A família da bacharel em Direito Valeria Marmit, 37 anos, uma das seis vítimas do desabamento do Metrô, vai ser a primeira a receber nos próximos dias a indenização por danos morais e materiais por causa do acidente ocorrido no dia 12. Após uma reunião na sede da Secretaria de Justiça, o secretário Luiz Antônio Marrey informou que o acordo foi fechado, mas não divulgou valores. “O primeiro acordo foi atingido. Ficamos satisfeitos com esta solução. Ela não traz de volta a vítima, mas ajuda a minorar a perda”, disse o secretário, informando que o valor foi definido inclusive com base no número de filhos de Valéria.
O secretário não garantiu que o mesmo valor pago à família de Valéria será repetido nos outros cinco casos, mas acredita que as quantias podem ser semelhantes. “Não posso falar por advogados particulares, mas como são parâmetros adequados, eles tendem a se repetir”, disse ele, sem novamente revelar quais critérios foram considerados para definir os valores.
Segundo Marrey, manter em sigilo os termos do acordo foi uma medida adotada para preservar a intimidade da família. Em decisões de processos por indenização julgadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no caso de morte de pai ou de mãe, costumam ser definidos valores entre 100 e 200 salários mínimos (R$ 35 mil a R$ 70 mil). Por enquanto, não é possível afirmar se o valor da indenização está dentro desta faixa.
Marrey disse que, no momento, não será necessária a intervenção do governo para pagamento das indenizações. “O acordo mostra que houve boa vontade e empenho dos envolvidos em resolver o problema”, disse. Além de parentes de Valéria e do secretário de Justiça, participaram da reunião representantes do Consórcio Via Amarela, da seguradora Unibanco AIG, do Metrô, da Defensoria Púbica e da Procuradoria do Estado.